Parceria entre Uber e Tembici, Exxon desiste de projeto no Brasil e o que importa no mercado

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Uber + Tembici

A Uber e a startup brasileira Tembici anunciaram nesta quarta (5) um acordo para que as bicicletas laranjinhas apareçam como uma alternativa de transporte no app.

  • A parceria começará no Recife e será expandida para São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Porto Alegre e outras cidades latino-americanas onde a Tembici opera.

Como vai funcionar: ao entrar no app, o usuário verá a opção de alugar as bikes entre as alternativas de transporte. Ao optar pela "magrela", aparecerá o caminho a uma estação da Tembici e o percurso até o destino.

  • O pagamento será feito dentro do próprio app da Uber. Os valores não foram divulgados.

A opção de aluguel das bicicletas da forma que existe hoje, pelo Bike Itaú, segue valendo. A parceria entre o banco e a startup completou dez anos no ano passado, quando foi renovada pelo mesmo período.

  • A Tembici espera terminar 2023 com 30 mil bicicletas nas ruas da América Latina, sendo um terço delas elétricas.
Bikes da parceria entre Tembici e Itaú no Largo da Batata, no região oeste de São Paulo - Danilo Verpa - 02.abr.2020/Folhapress

Em números: no início deste ano, ela arranjou um empréstimo de R$ 160 milhões com o BNDES para expandir a capacidade de suas fábricas nas cidades de Manaus e Extrema.

  • Fundada em 2010, a startup anunciou sua última captação em 2021, quando levantou US$ 80 milhões (R$ 400 milhões, na cotação atual) em um investimento liderado pelo fundo Crescera.
  • Ao todo, a Tembici já captou US$ 173 milhões (R$ 872 milhões), segundo dados da plataforma Sling Hub.

Exxon desiste de projeto no Brasil

A petroleira Exxon Mobil encerrou um custoso projeto para encontrar petróleo no Brasil após falhar pela terceira vez na tentativa de achar quantidades comercialmente viáveis da commodity, informou o Wall Street Journal.

Entenda: a gigante de óleo e gás americana interrompeu as perfurações em uma área offshore que adquiriu com parceiros por US$ 4 bilhões (R$ 20,3 bilhões) em 2017.

  • Os engenheiros e geólogos que estavam no Brasil foram realocados para outros países onde a companhia atua, como Guiana, Angola e Canadá, segundo o jornal americano.
  • A empresa disse que ainda procura por oportunidades de exploração no Brasil.

A decisão surpreende porque o país era considerado um local estratégico para a Exxon e foi citado inclusive pelo CEO da companhia, Darren Woods, quando ele comentou sobre territórios com grande potencial de crescimento, em dezembro passado.

  • O Brasil era uma das três áreas geográficas com as quais a empresa contava para a maior parte de sua produção futura. Os outros dois são Guiana e EUA.

Entrevista surpreende Petrobras –e investidores

Declarações do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre mudança na política de preços dos combustíveis irritaram a cúpula da Petrobras e chegaram a impactar as ações da companhia nesta quarta.

Entenda: em entrevista à GloboNews, o ministro disse que a Petrobras vai alterar sua política comercial depois da eleição do novo conselho de administração. Segundo ele, a mudança resultaria em uma redução do preço do diesel em até R$ 0,25 por litro.

  • As declarações causaram desconforto e pegaram de surpresa a cúpula da companhia, tanto a direção quanto o conselho de administração.
  • Alterações relevantes nas estratégias da Petrobras, após serem deliberadas e aprovadas internamente, devem ser informadas ao mercado para garantia de isonomia no acesso a informações.

Reação: após a fala do ministro, as ações da companhia chegaram a cair 4%, mas encerraram o dia em leve alta.

  • O temor do mercado foi freado depois que a Petrobras confirmou em nota que "não recebeu nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia".
  • A empresa disse também que eventuais propostas de política de preços "serão comunicadas oportunamente ao mercado, e conduzidas pelos mecanismos habituais de governança interna da companhia".

Em números: a Bolsa fechou em queda de 0,88%, a 100.827 pontos, acompanhando o mercado americano. O dólar recuou 0,66%, a R$ 5,04, com a moeda perdendo força mundo afora após sinais de atividade fraca e mercado de trabalho esfriando nos EUA.


Reestruturação na Light

A empresa de energia Light, uma das companhias enroladas pelo patamar de suas dívidas, comunicou ao mercado nesta terça que Octavio Pereira Lopes renunciou ao cargo de presidente das duas subsidiárias de geração e distribuição de energia.

  • Apesar da renúncia, o executivo segue no comando da companhia controladora (a Light S.A.).

  • "A mudança não tem qualquer implicação nas estratégias em curso de readequação da estrutura de capital do grupo", disse a companhia em comunicado.

  • Ex-Equatorial, o executivo era CEO da Tok&Stok antes de chegar à Light, em agosto do ano passado.

'Tempestade perfeita': a distribuidora passa por um momento delicado e vê suas ações afundarem cerca de 60% na Bolsa no acumulado do ano.

  • Os papéis da companhia tiveram uma queda acentuada em fevereiro, após ela ter anunciado a contratação da Laplace, conhecida por reestruturar companhias com problemas financeiros, entre elas a Oi.

A Folha mostrou como a empresa enfrenta uma série de desafios, que vão desde problemas de segurança pública no Rio de Janeiro até a dificuldade de crédito gerada pela crise na Americanas.

  • O principal deles é relativo ao prazo da concessão. A empresa atende 4,5 milhões de usuários no Rio, cujo contrato tem prazo de vencimento em junho de 2026.

Na semana passada, Octavio Lopes disse a analistas que a companhia iniciou conversas para renegociar dívidas e, em paralelo, tenta antecipar a renovação do contrato com um tratamento "diferenciado" para a sua área de concessão.

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Erramos: o texto foi alterado

​Octavio Pereira Lopes foi eleito nesta quarta (5) para o conselho de administração das subsidiárias de geração e distribuição de energia da Light, não da controladora do grupo (Light S.A.), o qual ele já presidia.

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