Descrição de chapéu juros

Bolsa sobe impulsionada por balanços positivos e emprego forte nos EUA; dólar cai

Braskem tem maior alta do dia após notícias de que petrolífera árabe pode fazer oferta pela petroquímica

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São Paulo

A Bolsa brasileira fechou em alta nesta sexta-feira (5) impulsionada por balanços positivos de empresas do país e pelos índices dos Estados Unidos. A Braskem chegou a subir mais de 40% após a notícias de que a petrolífera Adnoc, dos Emirados Árabes, teria interesse de fazer uma oferta pela petroquímica brasileira.

O Ibovespa teve alta 2,91%, a 105.148 pontos. Na semana, o índice acumula alta de 3,1%.

O dólar voltou a cair e fechou a R$ 4,945, caindo 0,96% no dia e 2% no acumulado da semana.

As ações da Braskem dispararam e tiveram o maior ganho do dia, fechando em alta de 23,62%, após a notícia de que a Adnoc estaria se juntando à Apollo para adquirir a petroquímica.

Segundo a coluna Painel S.A, da Folha, a operação teria valor de até R$ 37,5 bilhões e sua proposta será apresentada a representantes dos principais bancos credores da empresa —Santander, Banco do Brasil, BNDES, Bradesco e Safra— nesta sexta.

Após questionamento da Braskem, contudo, a Novonor, antiga Odebrecht, disse que não recebeu qualquer proposta de potenciais interessados em sua participação de controle na maior petroquímica do Brasil.

Seguiram a Braskem entre as maiores altas a Petz (15,99%), a Alpargatas (11,98%) e o Grupo Soma (11,23%), impulsionadas pela divulgação de seus balanços corporativos.

Cédulas de cem dólares - Yuriko Nakao/REUTERS

Após ter divulgado lucro acima das expectativas na quinta (4), o Bradesco também registrou alta, com suas ações subindo 4,98% e figurando entre as mais negociadas da sessão.

Com alta no petróleo Brent, a Petrobras teve ganho de 1,71% nas ações ordinárias e 1,65% nas preferenciais. A Vale, ação mais negociada do pregão, teve alta de 2,79%, recuperando-se das perdas registradas da véspera.

Apesar de ter reportado queda no lucro do primeiro trimestre, a Eletrobras também fechou o dia em alta. As ações ordinárias da empresa subiram 1,60%, e as preferenciais, 1,71%.

A maior queda do dia ficou com Assaí, que perdeu 8,54% do valor de suas ações após ter registrado queda no lucro do primeiro trimestre.

Os mercados futuros tiveram leve queda, especialmente os de longo prazo, continuando o movimento da véspera após a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. Os contratos para janeiro de 2024 foram de 13,21% para 13,19%. Os com vencimento para 2025 caíram de 11,76% para 11,68%, enquanto os para 2026 saíram de 11,41% para 11,33%.

Nos EUA, o Departamento do Trabalho divulgou que foram abertos 253 mil postos de trabalho fora do setor agrícola em abril, acima das expectativas do mercado. A taxa de desemprego caiu para 3,4% no período, ante 3,5% em março.

Após a divulgação dos dados, os índices americanos fecharam em alta. O Dow Jones subiu 1,65%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq tiveram alta de 1,85% e 2,25%, respectivamente.

"O Ibovespa acompanhou a euforia no exterior, com forte impulso na parte da tarde e apetite ao risco dos investidores. A alta das commodities ajudou a sustentar o índice, e o real avançou ante o dólar acompanhando o movimento das moedas de exportadores de bens primários", diz Alexsandro Nishimura, economista da Nomos.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas globais fortes, caía 0,12% no início da noite desta sexta.

Com os dados fortes de desemprego, o mercado passa a reforçar a previsão de que Federal Reserve deve manter a taxa de juros mais alta por algum tempo.

Apoiou o mercado americano, ainda, a alta de 4,73% nas ações da Apple, após a empresa ter superado as estimativas de receita e lucro do primeiro trimestre.

Os índices também tiveram alívio com a recuperação das ações de bancos regionais, que registraram fortes quedas na quinta (4). O PacWest Bank fechou o dia com alta de 81,38%, e o Western Alliance, outro importante credor de menor porte, subiu 48,95%.

No acumulado do ano, porém, o PacWest registra perda de 75% no valor de suas ações. O Western caiu 53% desde o início de 2023.

Executivos em Wall Street e analistas do setor bancário têm defendido que reguladores forneçam mais proteção aos depósitos e considerem outras medidas, argumentando que apenas uma forte intervenção poderia interromper a crise bancária depois que o First Republic Bank se tornou o terceiro banco dos EUA a quebrar desde março.

O índice KBW Regional Banking, índice de referência do setor bancário americano, acumula queda de cerca de 31% este ano. Apenas neste mês, o indicador tem perda de 12,1%.

(Com Reuters)

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