G7 estuda combater 'coerção econômica' da China, diz Yellen

Governo Biden está empenhado em discutir questão com parceiros e aliados

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Andrea Shalal
Niigata (Japão) | Reuters

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta quinta-feira (11) que muitos membros do G7 compartilham os temores norte-americanos sobre a "coerção econômica" que a China utiliza contra outros países e estão avaliando como combater essa postura.

Yellen disse em entrevista a jornalistas que Washington também considerou por muito tempo a possibilidade de impor restrições adicionais e estritamente direcionadas ao investimento externo para o país asiáticos, e vinha discutindo essa perspectiva com aliados do G7.

Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, e Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, BC dos EUA), em reunião do G7 em Niigata, Japão - Kimimasa Mayama/AFP

Ela disse que o governo dos EUA vinha discutindo a possibilidade internamente há algum tempo, mas não havia definido sua abordagem. O governo Biden está empenhado em discutir a questão com parceiros e aliados e considera a ação coordenada de países com ideias semelhantes a mais eficaz e útil.

A China estará no foco dos líderes financeiros do G7 quando eles se reunirem na cidade japonesa de Niigata esta semana.

O atual presidente do grupo, o Japão, lidera novos esforços para diversificar as cadeias de suprimentos e reduzir sua forte dependência da China, a segunda maior economia do mundo e o segundo maior detentor externo da dívida norte-americana.

Os parlamentares dos EUA têm pressionado o governo a aumentar a supervisão dos investimentos de empresas e indivíduos norte-americanos em outros países, principalmente na China, citando preocupações com questões de segurança nacional e cadeia de suprimentos, e pedindo ao presidente Joe Biden para emitir um decreto.

"Temos conversado com nossos pares do G7, e espero que continuemos com essas reuniões, pelo menos de alguma forma informal", disse Yellen, quando questionada sobre o esperado decreto.

Ela disse que qualquer ação dos EUA terá "escopo estreito e visará tecnologias onde há claras implicações de segurança nacional", sem dar um cronograma para a ação.

Yellen disse que o G7 —que agrupa os EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá, bem como a União Europeia— também continuará trabalhando para mitigar os riscos geoestratégicos e combater a coerção econômica, citando um discurso no mês passado, em que ela disse que Washington iria retaliar ações chinesas para dominar os concorrentes estrangeiros.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.