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Maior fintech da Europa começa a operar no Brasil
Após cerca de um ano desde o anúncio de sua chegada ao Brasil, a fintech de origem inglesa Revolut, o maior banco digital da Europa, inicia agora de maneira oficial suas operações por aqui.
Com um valor de mercado de US$ 33 bilhões (R$ 166 bilhões) com base na última avaliação divulgada pela empresa, em 2021, ela começa no país com a marca de ser o mais valioso banco digital do mundo.
- Na época do anúncio no ano passado, o Nubank era maior, mas o brasileiro tem ações negociadas em Bolsa, que se desvalorizaram de US$ 35 bi para US$ 24 bi desde então.
- Em números de clientes, o roxinho ainda lidera: tem 75 milhões ao redor do mundo, contra 28 milhões do Revolut.
No Brasil, o foco do Revolut será em clientes de renda mais alta e para isso tem como seu carro-chefe a conta digital com cartão de débito pré-pago global.
- Os correntistas terão acesso a 27 moedas, e a cobrança de IOF deve cair de 6,38% para 1,1%, por serem transferências entre contas de mesma titularidade.
- A ideia é facilitar não só as compras em viagens, mas também em sites estrangeiros.
Os clientes da fintech com saldo em dólar ainda poderão fazer a transação para as outras moedas no aplicativo sem custos adicionais, até o limite de R$ 27 mil por mês.
- Outro serviço que a empresa traz para o país é uma plataforma de negociação de criptoativos, com a oferta inicial de 90 tokens diferentes.
Resultado da Uber surpreende analistas
Após suas operações terem gerado caixa pela primeira vez em sua história no ano passado, a Uber voltou a agradar a analistas nesta terça (2), quando divulgou um salto de 29% na sua receita no primeiro trimestre do ano, acima das expectativas do mercado.
- Em reação, as ações da companhia, negociadas na Bolsa de Nova Yok, subiram 11,5%.
Em números: o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Uber de janeiro a março foi de US$ 761 milhões, o maior já registrado pela companhia, ante US$ 168 milhões no ano anterior.
- A empresa seguiu gerando caixa e viu um crescimento anual de 72% no seu segmento de viagens, graças ao fim das restrições impostas pela pandemia.
- As entregas de comida, que foram essenciais para a companhia durante o auge da pandemia, viram sua receita crescer 23% no 1º tri –vale lembrar que a Uber Eats deixou de operar no Brasil no ano passado.
Revolução é de design, não IA, diz chefe no Google
O que estamos vivendo é uma revolução de design, não de IA (inteligência artificial), e precisamos lidar com a evolução dessas ferramentas com responsabilidade, afirmou Cassey Kozyrkov, responsável pela estratégia do Google em IA.
A discussão que esquentou nos últimos meses mundo afora sobre o avanço da IA é resultado da evolução do design ao usuário das plataformas, defende ela, que explica:
- "Os usuários sempre foram impactados por IA no Google ou na Netflix, mas isso não estava na cara deles";
- O que mudou é que agora " ele é encorajado a interagir diretamente com a IA sendo uma IA".
Kozyrkov falou em palestra de encerramento do segundo dia da conferência Web Summit Rio, que reuniu 21 mil pessoas no Riocentro nesta terça (2)*.
A americana também afirmou que essa transformação faz com que as pessoas usem as ferramentas para resolver seus problemas individuais, não em escala, como as empresas vinham trabalhando com a IA.
Ela, porém, afirma que precisamos nos perguntar o que acontecerá se tivermos uma distribuição desigual dessas tecnologias poderosas na sociedade.
- "O que acontecerá se poucas pessoas poderão pagar para aumentar sua produtividade em vez de outras?"
- "Essas são questões econômicas e trabalhistas sérias que precisamos parar para pensar".
Mais sobre Web Summit Rio e IA
- IA na música deve ser regulada, afirma Kondzilla, fundador da maior produtora de funk do Brasil.
- Saúde mental em dia vale muito dinheiro, diz influencer Boca Rosa.
- IBM interromperá contratações em plano para substituir 7.800 empregos com IA, diz site.
*O repórter viajou a convite do evento.
Estudo aponta racismo em seleção para emprego
Em um estudo feito a partir do envio de currículos fictícios para 12.783 vagas de trabalho na Alemanha, Holanda e Espanha, países onde a foto costuma ser incluída na candidatura, pesquisadores identificaram que a cor da pele pode interferir nas chances de quem concorre a uma vaga de emprego.
Entenda: o estudo de 2016 a 2018 considerou os retornos recebidos na primeira fase de uma seleção, quando o recrutador, após análise do perfil do candidato, demonstra ou não interesse em levá-lo para a etapa sucessiva.
- Para identificar o viés racial nos recrutadores, as comparações foram feitas entre candidatos de perfis idênticos em gênero, tipo de vaga pretendida e região de origem.
Em números: na Alemanha e na Holanda, todos os fenótipos "visíveis" foram penalizados, especialmente o asiático/indígena e o negro, com probabilidades médias de resposta positiva de 44%, em comparação aos 55% para candidatos idênticos brancos.
- Na Espanha, onde a taxa de aprovação para a próxima fase foi menor por causa do alto nível de desemprego no país na época, há também uma discrepância: um candidato negro tem probabilidade de resposta positiva de 18%, enquanto para um branco é de 22%.
Esse resultado é divulgado em meio a uma diversidade cada vez maior da população europeia, como consequência de fluxos migratórios.
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