Companhia aérea argentina fica sem dólares para pagar aviões e cancela voos

Flybondi deixa 5.500 passageiros sem voo após não receber aval do governo para acessar moeda americana

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São Paulo

Mais de 5.500 passageiros da Flybondi terão o voo adiado a partir desta quarta (7) por causa de restrições cambiais do governo da Argentina. Segundo a companhia aérea, os adiamentos serão de pelo menos três dias.

Em comunicado a seus passageiros, ao qual a agência Associated Press teve acesso, a Flybondi afirmou que não consegue cumprir com as rendas e o pagamento de serviços especializados que tem de contratar no estrangeiro.

O problema está na falta de acesso ao dólar para quitar os débitos com Air Castle, empresa que arrenda as aeronaves. O governo argentino estabelece restrições à moeda americana para preservar as baixas reservas do banco central e defender o peso, a moeda local.

Aeronave da companhia argentina Flybondi
Aeronave da companhia argentina Flybondi - Divulgação

"Existem atualmente medidas oficiais restritivas para empresas que precisam ter acesso à moeda estrangeira para efetuar pagamentos no exterior. Na Flybondi, contratamos diversos serviços especializados no exterior e que são pagos em dólares. Para tal, devemos solicitar autorização periodicamente, mas nos últimos dois meses não recebemos as aprovações", diz o comunicado da companhia.

"Assim, fomos acumulando quebras nos contratos e a mais crítica é o pagamento do aluguel dos aviões."

Estão cancelados 22 voos e outros dez foram remarcados. Não foram informados os destinos. As viagens seriam feita pelos dois Boeing 737 entregues para locação pela Air Castle à Flybondi.

Há cinco anos operando na Argentina, a companhia de baixo custo diz esperar que "o processo de aprovação tenha a agilidade e a rapidez que o setor aéreo precisa". A empresa não descarta novos cancelamentos e atrasos, caso a situação não volte ao normal.

A Flybondi também opera três rotas para o Brasil, com 17 voos semanais de Buenos Aires (EZE) para atender Florianópolis (FLN), São Paulo (GRU) e Rio de Janeiro (GIG).

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