Descrição de chapéu petrobras

Preço da gasolina sobe R$ 0,21 por litro com novo ICMS; veja como ficou em seu estado

Segundo ANP, combustível ficou mais caro em 20 estados e no Distrito Federal

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Rio de Janeiro

O preço médio da gasolina nos postos brasileiros subiu 4%, ou R$ 0,21 por litro na semana passada, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). A alta reflete a mudança no modelo de cobrança do ICMS sobre o combustível.

De acordo com a ANP, o litro do combustível foi vendido, em média, a R$ 5,42, ante R$ 5,21 da semana anterior. A alta interrompe um curto período de baixa com os repasses do corte promovido pela Petrobras em suas refinarias no dia 17 de maio.

Em vigor desde o dia 1º de junho, o novo modelo de cobrança do ICMS instituiu uma alíquota única nacional de R$ 1,22 por litro, maior do que a média vigente até o fim de maio. Segundo a ANP, a mudança elevou o preço da gasolina em 20 estados e no Distrito Federal. Em quatro estados, houve queda.

A maior alta foi sentida por consumidores de Pernambuco, de R$ 0,48 por litro, em média. Em outros quatro estados, o aumento foi maior do que R$ 0,30 por litro: Sergipe (R$ 0,47), Rio Grande do Sul (R$ 0,37), Amapá (R$ 0,32) e Espírito Santo (R$ 0,31).

O preço caiu no Amazonas (R$ 0,02 por litro), no Ceará (R$ 0,02), no Piauí (R$ 0,03) e em Alagoas (R$ 0,05) e ficou praticamente estável em Roraima e Tocantins. Em São Paulo, o aumento foi de R$ 0,24 por litro, com o preço médio do combustível chegando a R$ 5,31 por litro.

Com a gasolina em alta, o preço do etanol hidratado também voltou a subir, chegando a R$ 3,80 por litro, em média, na semana passada. O valor é R$ 0,03 por litro, superior ao verificado na semana anterior.

De acordo com a ANP, o preço do diesel caiu novamente, ainda sob efeito de cortes promovidos pela Petrobras em suas refinarias. Na semana passada, o litro do diesel S-10 saiu a R$ 5,13, em média, R$ 0,03 por litro a menos do que na semana anterior.

Desde o corte de preços nas refinarias da Petrobras, no dia 17 de maio, a queda acumulada é de R$ 0,44 por litro. Desde o recorde de R$ 7,86 por litro atingido em junho de 2022, em valor corrigido pela inflação, o recuo é de R$ 2,73 por litro.

Já o gás de cozinha segue caindo pouco nas revendas, apesar de reduções nas refinarias da Petrobras. Na semana passada, o botijão de 13 quilos foi vendido, em média, a R$ 104,02, R$ 0,35 a menos do que na semana anterior.

Após reportagem da Folha mostrar que o preço do combustível vem caindo bem menos do que os preços da gasolina e do diesel, a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) notificou as distribuidoras para que expliquem por que não repassaram a redução para o consumidor.

Levantamento da Folha mostra que o custo do produto pode equivaler a mais da metade do orçamento das famílias vulneráveis, enquadradas entre as 10% mais pobres da população brasileira, em estados como Pará, Bahia, Piauí e Maranhão.

Em outros estados, como Ceará, Amazonas e Sergipe, o preço médio do botijão de gás representa mais de 40% da renda dos 10% mais pobres.

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