Etanol ou gasolina, qual proporciona o menor gasto no posto? Para auxiliar o motorista a fazer a melhor escolha, a Folha lança a calculadora dos combustíveis, que traz o consumo médio dos cerca de 700 carros flex testados nos últimos 20 anos em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia.
O consumidor informa os preços cobrados no posto escolhido e a calculadora mostra se é mais vantajoso abastecer com etanol ou gasolina e o valor gasto a cada quilômetro rodado na estrada ou na cidade.
Como utilizar a calculadora dos combustíveis
- Escolha a marca, o modelo e o ano do carro. A calculadora traz a lista de modelos avaliados naquele período
- Informe os preços da gasolina e do etanol no posto escolhido
- A calculadora vai mostrar qual combustível vale mais a pena na cidade e na estrada, além do gasto por quilômetro rodado
Se não encontrar o seu carro entre os que foram testados: procure o modelo com o ano posterior mais próximo ao do seu veículo, pois ele muito provavelmente tem motorização semelhante e, portanto, dados de consumo equiparáveis. Outra opção é usar a ferramenta abaixo
Calcule com base em seus dados personalizados de consumo: nessa aba o motorista pode informar dados de consumo que já tenha calculado, de acordo com seu uso cotidiano do automóvel. As médias registradas no computador de bordo ou a medição "tanque a tanque" podem servir como referência. Também é necessário informar os preços do etanol e da gasolina no posto escolhido.
20 anos de testes com carros flex
O lançamento coincide com os 20 anos dos carros flex. Os dados vêm sendo medidos no teste Folha-Mauá desde março de 2003, data em que o primeiro modelo dessa categoria foi avaliado: o Volkswagen Gol 1.6 Total Flex e haverá atualizações constantes, com inserção de novos automóveis de acordo com a conclusão dos testes.
Como são feitos os testes
Para aferir o desempenho dos carros, o Instituto Mauá de Tecnologia utiliza o V-Box, equipamento que usa sinal de GPS. A etapa que verifica o consumo na cidade tem 27 km. Para simular um percurso rodoviário a 90 km/h, os pilotos de teste dirigem por 31 km.
Ambos os trajetos ficam em São Caetano do Sul (ABC), onde está a sede do instituto. São feitas duas medições: uma com etanol, outra com gasolina.
Em geral, o consumo é sempre maior com etanol, mas mudanças no setor reduziram a vantagem do álcool na comparação com a gasolina. "Esse combustível tem um poder calorífico menor que o da gasolina, sendo necessário maior quantidade para gerar a mesma energia", diz Raquel Mizoe, diretora de emissões e consumo de veículos leves da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva).
Do ponto de vista ambiental, um carro abastecido com álcool é menos nocivo.
"Uma grande vantagem do etanol é a emissão de CO2 [dióxido de carbono] considerando todo ciclo, que vai da produção do combustível até o seu uso no veículo –normalmente chamado de ‘emissão do poço a roda’–, que é bem menor do que a da gasolina", afirma Raquel.
"Outra vantagem é a redução nas emissões de óxidos de enxofre, responsáveis pela chuva ácida."
A ferramenta chega em um momento de mudança na política de preços da Petrobras, que também anunciou, na última terça (16), reduções nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.
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