Arrecadação federal recua 3,37% em junho, mas registra melhor semestre desde 1995

Setores em que arrecadação caiu mais foram combustíveis, extração de minerais metálicos e metalurgia

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Brasília | Reuters

A arrecadação do governo federal teve queda real de 3,37% em junho sobre igual mês do ano anterior, a R$ 180,475 bilhões, informou a Receita Federal nesta terça-feira (25). O resultado é o segundo melhor da série histórica iniciada em 1995, com valores corrigidos pela inflação, abaixo apenas do resultado de 2022, quando ficou em R$ 186,764 bilhões.

O dado veio acima da expectativa de mercado, conforme pesquisa da Reuters, que apontava para uma receita de R$ 178 bilhões.

Cédulas da real - Gabriel Cabral - 21.ago.2019/Folhapress

No acumulado de janeiro a junho, o crescimento real da arrecadação foi de 0,31%, a R$ 1,143 trilhão. Em valores corrigidos pela inflação, foi o melhor resultado da série histórica.

A arrecadação administrada pela Receita, que engloba a coleta de impostos de competência da União, caiu 2,70% em termos reais em junho, para R$ 174,956 bilhões. Já aquelas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, recuaram 20,60%, a R$ 5,519 bilhões.

Os setores da economia em que a arrecadação caiu com mais força no mês foram combustíveis (recuo de 59%, queda equivalente a R$ 8,970 bilhões), extração de minerais metálicos (-59%, ou R$ 1,453 bilhão) e metalurgia (-50%, ou R$ 1,172 bilhão).

No recorte por tipo de tributo, a maior queda ocorreu nos ganhos de IRPJ (Imposto de Renda da pessoa jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), uma retração real de 30,6% na comparação com junho de 2022, redução de R$ 10,817 bilhões.

Segundo a Receita, esse comportamento foi influenciado por arrecadações atípicas de R$ 6 bilhões em IRPJ e CSLL em junho do ano passado, o que distorceu o dado deste ano.

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