Inflação nas capitais varia de 1,11% a 4,44%; veja ranking

São Luís registra menor alta do IPCA em 12 meses, enquanto São Paulo tem maior variação, diz IBGE

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Rio de Janeiro

Após castigar os consumidores a partir da pandemia, a inflação perde força nas metrópoles brasileiras. É o que sinalizam dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No acumulado de 12 meses até junho, o índice ficou abaixo de 3% em 11 das 16 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas pelo instituto.

A menor alta foi registrada em São Luís: 1,11%. Goiânia teve a segunda variação menos intensa, de 1,30%. Curitiba (2,07%), Fortaleza (2,13%) e Campo Grande (2,43%) aparecem em seguida.

São Paulo, por sua vez, acumulou a maior alta até junho, de 4,44%, apesar da trajetória de trégua –a alta era de 5,08% até maio.

Consumidores compram alimentos em supermercado de São Paulo - Bruno Santos - 30.set.2021/Folhapress

O cenário mostra diferenças em relação a um ano atrás. Em junho de 2022, o IPCA acumulado estava acima de 10% em 15 das 16 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE.

A maior alta à época era de Curitiba (14,24%), seguida pelas variações de Salvador (13,41%), Goiânia (12,36%) e Aracaju (12,36%). Belém (9,55%) era a única metrópole com inflação abaixo de 10% à época.

Na média do Brasil, o IPCA desacelerou para 3,16% no acumulado de 12 meses até junho deste ano. É a menor variação nesse recorte desde setembro de 2020 (3,14%).

Segundo analistas, o resultado está associado a fatores como a perda de força da inflação dos alimentos em um cenário de oferta maior, além da queda artificial dos preços de combustíveis com a desoneração de impostos promovida pelo governo Jair Bolsonaro (PL) às vésperas das eleições de 2022.

Economistas avaliam que o IPCA acumulado deve ficar em um patamar acima de 4% até o final do ano. Em parte, essa projeção está associada à base de comparação, com a saída do cálculo dos 12 meses dos efeitos da desoneração vista no segundo semestre de 2022.

IPCA acumulado em 12 meses
Variação até jun.2023, em %

São Paulo 4,44
Vitória 3,76
Brasília 3,24
Belém 3,13
Rio de Janeiro 3,03
Aracaju 2,76
Salvador 2,7
Rio Branco 2,62
Porto Alegre 2,58
Belo Horizonte 2,54
Recife 2,47
Campo Grande 2,43
Fortaleza 2,13
Curitiba 2,07
Goiânia 1,3
São Luís 1,11

Fonte: IPCA/IBGE

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