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Ações da Amazon disparam após resultados e queda de vendas do iPhone pressiona Apple

Balanços coroaram uma temporada positiva de resultados para a maior parte das grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos

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Aditya Soni
Reuters

As ações da Amazon.com disparavam 9% antes da abertura dos mercados nesta sexta-feira (4), após divulgar na noite da véspera resultado de segundo trimestre mostrando força nas operações de comércio eletrônico e computação em nuvem. O desempenho ajudava a compensar queda nos papéis da Apple após a companhia divulgar vendas fracas do iPhone.

A divulgação dos balanços das duas empresas coroaram o que foi uma temporada positiva de resultados para a maior parte das grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, graças a uma recuperação na publicidade digital e melhora na demanda por serviços de computação em nuvem.

Logo da Amazon na França - Benoit Tessier/REUTERS

A Amazon deve adicionar cerca de US$ 120 bilhões (mais de R$ 582 bilhões) a seu valor de mercado, com base nos movimentos pré-abertura dos mercados. Enquanto isso, a Apple, a empresa mais valiosa do mundo, estava a caminho de ficar abaixo dos US$ 3 trilhões (R$ 14,56 trilhões), diante da queda de 50 bilhões (R$ 242,65 bilhões) em sua valorização.

A performance melhor que a esperada dos negócios de computação em nuvem da Amazon no segundo trimestre também impulsionava outras empresas no clube do trilhão de dólares, com Microsoft e Alphabet ambas subindo mais que 1%.

Os resultados melhores que o esperado da Amazon mostraram que ambos os negócios principais da empresa podem crescer juntos após dois anos de "surpresas desagradáveis".

"O segundo trimestre foi uma virada de página para a Amazon", disse Michael Morton, analista do SVB MoffettNathanson.

"Varejo e AWS (Amazon Web Services) estão trabalhando juntos. Chega de preocupações com perdas no varejo ou com otimização da AWS e agora nos perguntamos 'até que ponto as margens do varejo podem chegar' e 'quando podemos ver os benefícios da inteligência artificial na AWS?'"

Pelo menos 17 analistas elevaram seus preços-alvo para a ação da Amazon, colocando a mediana esperada em US$ 154 (cerca de R$ 747), segundo dados da Refinitiv. Isso representa uma possibilidade de valorização de quase 20% sobre uma ação que já subiu quase 50% este ano.

Enquanto isso, a Apple alertou na quinta-feira que está caminhando para o quarto trimestre seguido de queda nas vendas, conforme a demanda continua a desacelerar pelo iPhone, especialmente em mercados desenvolvidos.

Mas os negócios de serviços da companhia foram um ponto de brilho no trimestre e ajudaram a Apple a superar as expectativas do mercado no período.

"A divisão de serviços foi um colchão bem vindo para o grupo, mas a Apple ainda precisa recuperar o crescimento das vendas de hardware caso contrário o mercado vai se preocupar sobre a próxima geração de clientes no ecossistema da companhia", disse Dan Coatsworth, analista da AJ Bell.

"É hora da Apple lançar algo novo e inovador, não apenas outra variação de seus principais produtos."

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