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Gympass capta US$ 85 mi e aumenta valor de mercado para US$ 2,4 bilhões

Newsletter FolhaMercado destaca que aporte na plataforma de bem-estar é exceção durante seca de investimento em startups

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São Paulo

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Gympass mostra que não é 'fake natty'

O Gympass, plataforma de benefícios de bem-estar para o mundo corporativo, anunciou nesta quarta ter recebido um aporte de US$85 milhões (R$ 416 milhões), que a avaliou em US$2,4 bilhões (R$ 11,75 bilhões).

A rodada Série F (entenda aqui as etapas de investimento em startups) foi liderada pela sueca EQT Growth, gestora com mais de US$ 242 bilhões em ativos, e pela americana Neuberger Berman, que investiu por meio de fundos de clientes.

  • General Atlantic e Moore Strategic Ventures, que já eram acionistas do Gympass, acompanharam a rodada.

Em números: esta é a segunda captação anunciada pela startup brasileira desde que ela se tornou unicórnio (atingiu avaliação de US$ 1 bilhão), em 2019, quando recebeu US$ 300 milhões do Softbank.

  • O fundo japonês também liderou a rodada seguinte, em 2021, em que o Gympass levantou US$ 220 milhões. Na época, foi avaliado em US$ 2,2 bilhões.

Por que importa: em um ano que se encaminha para ser o pior em volume de investimentos em startups brasileiras desde 2019, o aporte mostra que mesmo nesse cenário há apetite para grandes investimentos.

  • A startup também se destaca ao elevar seu valor de mercado em relação à rodada anterior (de US$ 2,2 bi para US$ 2,4 bi), feita em uma época que era mais fácil de levantar dinheiro.

Na terça (22), a fintech brasileira Nomad, de conta e investimentos em dólar, foi outra que anunciou uma captação polpuda para os tempos atuais: US$ 61 milhões (cerca de R$ 300 milhões), que a avaliou em US$ 367 milhões (R$ 1,8 bilhão).

  • A grande transação do ano até agora no mercado brasileiro aconteceu em junho, na compra da fintech Pismo pela Visa, por US$ 1 bilhão.

O Gympass: fundada em 2012, a plataforma oferece planos para que as empresas subsidiem o acesso de funcionários a uma rede de milhares de academias e outros serviços de bem-estar.

  • Presente em 11 países, a startup diz ter 15 mil clientes corporativos, quase o dobro em relação ao ano anterior, e 3 milhões de usuários.

Nova lei europeia sobre big techs

Começa amanhã (23) a ofensiva da União Europeia para aplicar um controle mais rigoroso sobre as big techs que atuam no bloco.

  • Entre elas, estão redes e sites de gigantes como Meta, TikTok, Amazon, Alibaba, Apple, Google e X (ex-Twitter).

Entenda: o chamado DSA (Digital Services Act, ou ato dos serviços digitais), que começa a valer na sexta, é considerado como a lei mais dura em relação à regulação de conteúdo no mundo.

As companhias terão de expor os seus algoritmos a especialistas da Comissão Europeia (o braço executivo da UE), além de disponibilizar seus dados a pesquisadores selecionados que contem com o respaldo da União Europeia.

As 19 plataformas foram selecionadas por possuírem mais de 45 milhões de usuários mensais ativos na UE.

O que muda: hoje, as big techs podem dizer que não são responsáveis pelo conteúdo gerado por seus usuários desde que mostrem que agiram para identificar publicações consideradas ofensivas.

  • Agora, as companhias terão de ter uma postura mais ativa, determinando os possíveis riscos que seus sistemas apresentam a pessoas e a instituições e demonstrar que estão trabalhando para resolvê-los.
  • Os marketplaces também terão de seguir o rastro dos vendedores para reduzir fraudes.

↳ A legislação diz que empresas que não cumprirem as regras terão de pagar multas que chegam a até 6% de suas receitas mundiais.

No Brasil, está em discussão uma lei que também trata sobre a moderação de conteúdo pelas big techs.

  • O PL das Fake News chegou a ser acelerado no primeiro semestre, mas entrou em banho-maria após oposição das empresas.

Como poupar para a aposentadoria

A Folha estreou nesta quarta (23) a série especial "Como ter independência financeira: estratégias para todas as idades".

Entenda: serão seis reportagens e vídeos, que vão ao ar toda quarta-feira, com estratégias de investimentos de longo prazo, combinados com aplicações de curto e médio prazo, para eventuais emergências e necessidades do presente.

A série mostra que, quanto antes a pessoa se planejar, menor o valor necessário a ser poupado mensalmente para atingir as mesmas metas e mais folga a pessoa tem para escolher o tipo de investimento para alcançar uma rentabilidade maior.

Primeiro episódio: Expectativa x realidade



Pesquisas mostram uma grande disparidade entre o que as pessoas vislumbram para a sua aposentadoria e o que de fato ocorre quando chegam lá. Uma do Fórum Econômico Mundial em parceria com a consultoria Mercer aponta que:

  • 44% dos que têm menos de 40 anos gostariam de parar de trabalhar com 60 anos ou menos;
  • 55% disseram que não guardaram dinheiro suficiente ou não sabem se terão o necessário para manter o padrão de vida no momento da aposentadoria.

↳ Especialistas ouvidos pela Folha dizem que é possível alcançar a independência financeira por volta dos 50 a 60 anos, mas para isso a chave é uma só: poupar o quanto antes.

Opinião: não basta poupar para alcançar uma aposentadoria tranquila, é preciso ter planejamento financeiro, escreve Michael Viriato no blog De Grão em Grão.


Bolsa respira após arcabouço

Nada como uma semana após a outra. Depois de ter atingido a marca de 13 quedas consecutivas na última quinta (17), o Ibovespa ensaia uma retomada nesta semana.

Nesta quarta, fechou em forte alta de 1,70% e recuperou os 118 mil pontos, enquanto o dólar fez o movimento inverso, com queda de 1,67%, a R$ 4,85.

As curvas de juros futuros também acompanharam o bom humor e encerraram em forte queda.

O que explica: o principal destaque do dia foi a aprovação do arcabouço fiscal no Congresso na terça (22). Apesar de ser algo já esperado pelos investidores, o episódio foi visto como um sinal de que a agenda econômica do governo pode ser destravada.

A forte alta do Ibovespa também foi apoiada pelas ações da Petrobras, empresa com maior peso no índice. Os papéis preferenciais subiram 5,45% após BTG Pactual e Bank of America elevarem a recomendação de "neutra" para "compra".

Nos EUA, destaque para as ações da Nvidia, a que mais sobe no ano entre as empresas que integram o S&P 500, principal índice americano.

Os papéis da companhia subiram quase 7% no pós-mercado em reação ao balanço do segundo trimestre da empresa, que registrou um aumento de 843% no lucro líquido em relação ao mesmo período de 2022.

A companhia, considerada uma das vencedoras da atual febre da IA generativa por ser fornecedora de chips dedicados a essa tecnologia, também agradou ao mercado por projetar uma receita para o atual trimestre bem acima do que os analistas previam.

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