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IVC muda cálculo para assinaturas; Folha é líder em circulação

Em março, a Folha já havia retomado a liderança em assinaturas digitais

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São Paulo

O IVC (Instituto Verificador de Comunicação) mudou em julho as regras para o cálculo de assinaturas. Com a alteração, que em resumo permite contabilizar assinantes pagantes que já existiam na base dos jornais, a Folha consolida sua liderança na circulação paga total entre os veículos nacionais.

Pelas normas em vigor desde 2016, uma assinatura digital só era considerada válida e somada à carteira de assinantes se o preço dela representasse, no mínimo, 10% do valor de capa do jornal impresso vendido na banca.

No caso da Folha, por exemplo, comprar o jornal todos os dias de um mês na cidade de São Paulo custa R$ 195. Assim, para ser considerada, uma assinatura digital precisava custar, no mês, R$ 19,50.

Redação da Folha de S.Paulo - Lalo de Almeida/Folhapress

A trava impedia que assinaturas promocionais ou negociações abaixo desse patamar fossem contabilizadas pelo IVC. Agora, o novo valor mínimo para uma assinatura valer é R$ 1,90, independentemente do preço do jornal impresso.

"A Folha sempre foi reconhecida pela qualidade de seu jornalismo e a capacidade de inovar para continuar entregando um produto de valor aos nossos assinantes. Os números mostram um leitor cada vez mais consciente, interessado em buscar informações relevantes no conteúdo que consome", diz Anderson Demian, diretor-executivo de mercado leitor e estratégias digitais.

O primeiro lugar na circulação paga foi assumido em 1986 e mantido até abril de 2021 entre os jornais de prestígio, com exceção de alguns meses pontuais. Em 2021, o Globo unificou ao seu conteúdo o da revista Época, migrando também a base de assinantes. Com isso, ao considerar os dois veículos, o jornal carioca superou a Folha por pequena margem.

Em março deste ano a Folha já havia recuperado a liderança em assinaturas digitais. Agora, consolida sua posição como maior jornal do Brasil também nas assinaturas totais.

OS NOVOS DADOS DO IVC

Em julho, segundo os dados divulgados pelo IVC sob a nova regra, a Folha registrou 796 mil exemplares diários pagos no cômputo geral. O segundo lugar ficou com o Globo, com 381,7 mil. O Estado, considerado o terceiro jornal de circulação nacional, somou 243,4 mil.

A liderança, mais uma vez, reflete a força digital. As assinaturas da Folha nesse recorte chegaram a 752 mil. No Globo, foram 325,6 mil assinantes digitais, e, no Estado, 185 mil.

Os leitores e assinantes da Folha sempre levaram o jornal a ter um engajamento mais alto ante os concorrentes diretos. Ou seja, cada usuário lê muito mais páginas, a chamada taxa de PVs/UV (páginas vistas por usuário), e fica muito mais tempo navegando no site, segundo empresas especializadas que aferem tais métricas, como a Comscore.


A liderança da Folha na circulação paga

  • Circulação total em julho de 2023, em exemplares pagos:
    Folha: 796.088
    O Globo: 381.779
    Estado: 243.432

  • Circulação digital em julho de 2023:
    Folha: 752.019
    O Globo: 325.598
    Estado: 185.106

  • Circulação impressa em julho de 2023:
    Estado: 58.326
    O Globo: 56.181
    Folha: 44.069

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