Descrição de chapéu Itaú

Lucro do Itaú sobe 14% e alcança R$ 8,7 bilhões no 2º trimestre

Carteira de crédito cresce 6,2% e vai a R$ 1,51 trilhão

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São Paulo

O Itaú registrou lucro líquido recorrente de R$ 8,742 bilhões no segundo trimestre de 2023, o que corresponde a um crescimento de 13,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (7).

Analistas esperavam, em média, lucro de R$ 8,63 bilhões, com base em dados coletados pela Refinitiv. Já na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o resultado representou um avanço de 3,6%.

Entre os fatores que mais influenciaram os resultados, o banco cita o aumento de 13,4% da margem financeira com clientes (receitas com a intermediação financeira de operações de crédito) na comparação anual, impulsionado pelo efeito positivo do crescimento da carteira, associado à gradual mudança do
mix de créditos com melhores spreads (diferença entre os juros que o banco paga para captar dinheiro em relação ao cobrado dos clientes).

O crescimento de 16,8% da receita de seguros também é apontado entre as principais contribuições positivas para o lucro do período.

Logo do Itaú em fachada de agência do banco no Rio de Janeiro
Logo do Itaú em fachada de agência do banco no Rio de Janeiro - Sergio Moraes - 29.abr.2019/Reuters

"Nossos resultados no segundo trimestre refletem os avanços na agenda de transformação do banco e
a consistência na nossa capacidade de entregar resultados sólidos e sustentáveis ao longo do tempo", afirmou Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú, em nota.

O executivo disse também que inicia a segunda metade do ano otimista com as perspectivas para o
futuro, decorrentes da consolidação da agenda monetária e fiscal que deverá promover uma retomada mais robusta da atividade econômica no país.

A carteira de crédito do banco encerrou junho em R$ 1,151 trilhão, evolução de 6,2% em bases anuais. Na comparação trimestral, a carteira ficou praticamente estável, com leve recuo de 0,1%.

A carteira de pessoas físicas totalizou R$ 405,4 bilhões, alta de 8,9% na comparação anual e de 0,6% na margem. Os destaques, na comparação anual, foram os crescimentos de 21,1% em crédito pessoal;
17,0% em crédito imobiliário; e 6,2% em crédito consignado.

Na pessoa jurídica, a carteira de crédito do Itaú chegou a R$ 293,6 bilhões, queda de 0,6% na comparação anual e de 1,7% na trimestral. A queda anual de 6,5% da linha de financiamento à exportação e importação e a variação cambial pesaram negativamente.

Apesar da queda, o banco destacou que, durante o segundo trimestre, a originação de crédito para grandes empresas cresceu 8% quando comparada ao trimestre anterior, relacionada principalmente à maior demanda por crédito no agronegócio e no segmento large (empresas com faturamento entre R$ 500 milhões e R$ 4 bilhões).

"Vale destacar que, tanto na comparação trimestral quanto na anual, verificamos impacto da maior utilização de instrumentos do mercado de capitais como fonte de recursos por parte das empresas."

Inadimplência sobe puxada por micro, pequenas e médias empresas

O índice de inadimplência, por sua vez, chegou a 3% ao final do trimestre, contra 2,7% em igual intervalo de 2022 e 2,9% em março.

"O aumento está relacionado à carteira de micro, pequenas e médias empresas no Brasil. Vale destacar a estabilidade no segmento de pessoas físicas e de grandes empresas no Brasil", assinala o banco.

Entre as pessoas físicas, a taxa de atrasos alcançou 4,9% em junho, ante 4,4% no mesmo mês de 2022, permanecendo estável na comparação com o primeiro trimestre.

Já entre as micro, pequenas e médias empresas, o índice de inadimplência encerrou o trimestre em 2,5%, contra 2,2% há um ano e 2,3% em março. Entre as grandes empresas, os atrasos ficaram em 0,1%, o mesmo patamar de junho de 2022 e de março de 2023.

A reserva contra calotes (despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa) totalizou R$ 9,609 bilhões de abril a junho, alta de 23% em bases anuais e de 6,7% na comparação trimestral.

Na linha de receitas de serviços e seguros, o banco reportou um crescimento de 1,4% no segundo trimestre, em comparação com o mesmo período de 2022, impulsionada pelo aumento do faturamento de cartões, pelo crescimento das receitas de administração de consórcios e pelo aumento dos prêmios.

Frente ao resultado do primeiro semestre, o banco revisou para baixo a projeção para o crescimento da linha de receitas de serviços e seguros para o ano fechado de 2023. A estimativa era de uma expansão entre 7,5% e 10,5% para o ano, e foi reduzida para um intervalo entre 5% e 7%.

O banco informou ainda que encerrou as atividades de 106 agências e PABs (Postos de Atendimento Bancário) durante o trimestre. Segundo o Itaú, a redução está relacionada com a otimização da rede de agências e ocorre em função do comportamento e das necessidades dos clientes.

Os resultados apresentados pelo Itaú fizeram com que o ROE (retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado), que indica a rentabilidade da operação, tenha alcançado 20,9%, ante 20,8% em junho do ano passado e 20,7% no primeiro trimestre de 2023.

"O aumento sequencial e gradativo da nossa rentabilidade, a estabilização dos índices de atraso e a melhoria contínua do nosso índice de eficiência foram os destaques do nosso segundo trimestre", afirmou Alexsandro Broedel, diretor financeiro do Itaú.

RAIO-X | ITAÚ UNIBANCO

Fundação: 2008, ano de fusão do Banco Itaú e do Unibanco
Lucro líquido no 2º trimestre de 2023: R$ 8,742 bilhões
Agências e PABs: 4.081
Funcionários: 99,9 mil
Principais concorrentes: Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal

Com Reuters

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