O Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) prevê um total de 12,5 mil obras e projetos distribuídos em mais de 4.000 municípios brasileiros.
Os números foram calculados pela Folha a partir da tabulação de dados divulgados pela Casa Civil após o lançamento do programa, na sexta-feira passada (11). Detalhes sobre os valores a serem aplicados em cada empreendimento não foram revelados.
O município mais frequente na lista é o Rio de Janeiro, com 39 obras, sendo oito delas em portos e seis de prevenção a desastres.
Na sequência aparecem São Luís (MA), Santos (SP), Belém (PA), Salvador (BA), Recife (PE), João Pessoa (PB) e São Paulo (SP).
Na capital paulista, estão previstos 24 projetos, entre eles a ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário do Tietê e a extensão das linhas 2-Verde de metrô e 9-Esmeralda de trem metropolitano.
Veja as obras e projetos do Novo PAC no seu estado ou município:
O investimento total anunciado é de R$ 1,7 trilhão, dividido entre setor privado, Orçamento da União, financiamentos e empresas estatais. Desse montante, R$ 1,4 trilhão seria alocado durante o atual governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o restante, a partir de 2026.
O plano pretende estimular setores estruturais, organizados em nove eixos: Água para Todos; Cidades Sustentáveis e Resilientes; Educação, Ciência e Tecnologia; Inclusão Digital e Conectividade; Infraestrutura Social e Inclusiva; Inovação para a Indústria da Defesa; Saúde; Transição e Segurança Energética; e Transporte Eficiente e Sustentável.
O núcleo de cidades concentra o maior número de empreendimentos (7.493), relacionados sobretudo ao programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida —cada um desses projetos pode abranger dezenas, centenas ou até milhares de unidades residenciais.
A Folha coletou os dados no site oficial da Casa Civil. O levantamento chegou a números totais de 12.511 obras ou projetos e 4.375 cidades beneficiadas individualmente —parte das ações está programada em nível estadual, interestadual ou nacional, sem o detalhamento dos municípios favorecidos.
É possível que haja raras imprecisões por causa de erros nos dados originais da pasta federal. Alguns empreendimentos, por exemplo, foram catalogados com nomes de cidades inexistentes nos respectivos estados. As inconsistências foram revisadas, mas nem todas estão completamente esclarecidas.
A reportagem tentou contato com a Casa Civil em diversas ligações telefônicas e por email para solicitar a lista oficial e detalhada dos projetos, mas não obteve resposta até a publicação.
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