A Folha questionou os presidentes de Câmara dos Deputados e Senado Federal, além dos líderes partidários, de governo, de oposição, de minoria e de maioria de ambas as Casas sobre a proposta do Ministério da Fazenda de taxar empresas de brasileiros no exterior (offshores).
O projeto é uma das prioridades do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Foram 39 parlamentares procurados, ao todo, dos quais 25 responderam e negaram ter offshores em seus nomes e 14 não se pronunciaram.
Os deputados e senadores dispostos a falar, no entanto, divergem sobre a taxação de empresas abertas no exterior.
Entre os 25 parlamentares que responderam à reportagem, 12 dizem ser a favor do projeto, nove afirmam ainda não ter opinião formada e apenas 4 já se disseram contrários.
Os envolvidos com offshores costumam abri-las em países onde as regras tributárias são menos rígida e não é necessário declarar dono, origem e destino do dinheiro.
Na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), se disse à favor do projeto. Outros cinco líderes de bancada estão na mesma posição, quatro dizem ainda não ter posição e dois afirmam ser contrários ao texto. Sete não responderam à Folha.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirma aguardar o texto para se posicionar. Nesta Casa, cinco senadores se dizem favoráveis ao projeto, cinco, não ter posição, e dois, contrários. Cinco não retornaram o pedido de informação da reportagem.
Entre os líderes do Congresso, apenas Randolfe Rodrigues (sem partido), respondeu e se disse à favor da taxação de offshores. Flávio Bolsonaro (PL-RJ), da minoria, e Daniella Ribeiro (PSD-PB), da maioria, ficaram em silêncio.
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