Bolsa Família inclui 550 mil novas famílias em setembro; veja calendário de pagamento

Desde março, quando o programa foi oficialmente relançado, mais de 2,15 milhões de famílias foram incluídas

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São Paulo

Os beneficiários do Bolsa Família começam a receber a renda assistencial nesta segunda-feira (18). Neste mês, mais 550 mil famílias foram incluídas no programa, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Ao todo, serão pagos R$ 14,58 bilhões a 21,47 milhões de famílias. Desde março, quando o programa foi relançado, 2,15 milhões de beneficiários foram incluídos.

O valor mínimo do Bolsa Família é de R$ 600. Há ainda o pagamento de adicionais. Famílias com filhos de zero a seis anos que estão na escola recebem R$ 150 a mais por cada uma deles. Crianças de sete a 18 anos que estão estudando e gestantes também têm adicional de R$ 50.

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Beneficiários do Bolsa Família recebem valor mínimo de R$ 600; há ainda adicionais por filhos que estão na escola e gestante - Gabriel Cabral/Folhapress

Os pagamentos seguem até o dia 29 de setembro, conforme o final do NIS (Número do Identificação Social). O dinheiro pode ser movimentado por meio do Cartão do Cidadão, com o cartão do Bolsa Família ou pela poupança social digital da Caixa Econômica Federal, no Caixa Tem.

Os beneficiários podem sacar os valores em agências da Caixa, lotéricas e correspondentes bancários. Quem tem poupança social digital consegue pagar contas, fazer compras e fazer transferências no aplicativo Caixa Tem.

Neste caso, para sacar, é necessário gerar uma senha. Os usuários podem ainda realizar Pix.

Veja o calendário de pagamento do Bolsa Família em 2023

Divulgado o calendário de pagamentos do Auxílio Brasil em 2023
Reprodução

Veja o calendário de pagamento do Bolsa Família em setembro

Final do NIS Data do depósito
1 18/set
2 19/set
3 20/set
4 21/set
5 22/set
6 25/set
7 26/set
8 27/set
9 28/set
0 29/set

Segundo o ministério, neste mês, o valor médio recebido por cada família ficou em R$ 686,89 e representa leve aumento em relação a agosto, quando o benefício médio foi de R$ 686,04, depois de atingir o recorde de R$ 705 em junho.

A pasta explica que o valor médio pago foi reduzido porque, em junho, passou a valer a regra de proteção, que permite a permanência de famílias no programa mesmo após elevarem a renda e saírem da linha de corte que garante o benefício.

Nesses casos, a família recebe, por até dois anos, 50% do valor do benefício a que teria direito, incluindo os adicionais para crianças, adolescentes e gestantes. Em setembro, são 2 milhões de famílias na regra de proteção recebendo R$ 375,88.

A linha de corte é de até meio salário mínimo por pessoa da família, hoje em R$ 660.

Quem tem direito ao Bolsa Família

  • Para ter o Bolsa Família, é preciso estar cadastro no CadÚnico (Cadastro Único)
  • Entram no CadÚnico todas as famílias com renda de até meio salário mínimo (R$ 660 neste ano)
  • Famílias com renda per capita (por pessoa) de R$ 218 têm direito ao Bolsa Família

REGRAS PARA NÃO PERDER O BENEFÍCIO:

  • Matrícula das crianças deve estar ativa na escola
  • Carteira de vacinação deve estar atualizada
  • Pré-natal das grávidas precisa estar completo
  • Crianças até sete anos devem passar pelo acompanhamento nutricional do programa

Benefício passará por revisão

O governo está fazendo uma revisão nos cadastros do Bolsa Família. Entram no lote do pente-fino famílias que atualizaram o cadastro pela última vez em 2018 ou 2019. A revisão irá se voltar apenas a quem está com o cadastro desatualizado.

A partir deste mês, três grupos deverão ser convocados e entregar documentação. Será enviada mensagem ao beneficiário e sua família. Para facilitar, o MDS dividiu os beneficiários em tipos de público.

Os primeiros a serem convocados são o público 2, composto por famílias que estão com os cadastros desatualizados há mais de cinco anos, ou seja, desde 2018. Fazem parte desta parcela quem recebe Bolsa Família, BPC (Benefício de Proteção Continuada) ou tem direito à TSEE (Tarifa Social de Energia Elétrica).

O outro público a ser averiguado, o 3, é composto por famílias que estão com os cadastros desatualizados há quatro anos. E o último público, de número 4, é de famílias que fazem parte do CadÚnico, estão com o cadastro desatualizado há mais de quatro anos —ou seja, desde 2019— e não são beneficiárias de programas sociais.

CALENDÁRIO DA REVISÃO DO BOLSA FAMÍLIA E DO BPC

  • Setembro/2023: Público 2 recebe mensagem de convocação para atualização
  • Outubro/2023: Público 2 que não atualizou tem o benefício bloqueado; público 3 recebe mensagem de convocação para atualização
  • Novembro/2023: Público 2 que não atualizou tem o benefício cancelado
  • Janeiro/2024: Público 3 que não atualizou tem o benefício bloqueado
  • Fevereiro/2024: Público 3 que não atualizou tem o benefício cancelado
  • A partir de junho/2024: começam a ser feitas as exclusões dos cadastros não atualizados

COMO CONSULTAR O VALOR DO BOLSA FAMÍLIA PELO CAIXA TEM

  • Acesse o Caixa Tem no seu celular

  • Informe CPF e senha de acesso

  • Clique em "Não sou um robô"

  • Selecione as imagens solicitadas e vá em "Verificar"

  • Clique em "Continuar"

  • Na página inicial, em cima, logo abaixo do seu nome, vá em "Mostrar saldo"

  • Clique na seta abaixo para que apareça o detalhamento dos valores

  • Se houver parcela do consignado (empréstimo com desconto direto no benefício), o valor será informado

COMO É O PAGAMENTO?

O valor do benefício é pago nas agências bancárias, lotéricas, caixas eletrônicos e correspondentes Caixa Aqui. Para quem recebe pelo Caixa Tem não haverá mudanças.

Para saber quanto irá receber, o beneficiário pode fazer a consulta pelo novo aplicativo do Bolsa Família, disponível no Google Play (Android) e App Store (Apple). Veja o passo a passo para instalar o aplicativo.

QUAIS FORAM AS MUDANÇAS NO BOLSA FAMÍLIA?

Além de receber adicionais, o Bolsa Família passou por mudança na renda mínima mensal por pessoa (per capita) para fazer parte do programa (chamada de linha da pobreza), que subiu para R$ 218, R$ 8 a mais do que era em 2022.

Outra alteração foi o limite da renda familiar para ter direito ao benefício. Agora, ele passa a ser de meio salário mínimo mensal. Anteriormente, o máximo era R$ 525 (duas vezes e meia a linha da pobreza, que era de R$ 210).

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