Descrição de chapéu Financial Times

'CEOs bonitos' recebem salários maiores, diz estudo

Correlação de que pessoas mais atraentes tendem a ganhar mais parece injusta, mas está de acordo com o senso comum

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Lex - Financial Times

Coluna de Negócios e Finanças do jornal Financial Times

Há coisas mais importantes na vida do que ser ridiculamente bonito, como descobriu o modelo fictício Derek Zoolander, dos filmes "Zoolander". Mas ser um pouco mais atraente do que a média traz benefícios financeiros.

Pessoas mais bonitas tendem a ganhar mais e ter mais sucesso no local de trabalho. Economistas identificaram pela primeira vez uma correlação entre melhor aparência e salários mais altos na década de 1990. A expressão "prêmio da beleza" cunhada pelos acadêmicos ainda é muito debatida.

A correlação parece injusta. Mas está de acordo com o senso comum. Pode se estender a alguns dos cargos mais poderosos nos negócios. CEOs de bancos mais atraentes recebem salários melhores, de acordo com acadêmicos finlandeses que estudaram o setor nos Estados Unidos.

A base desses estudos é a ideia de que aqueles considerados bonitos compartilham características comuns. As mais importantes são simetria facial, traços proporcionais, pele "boa" e cabelos fartos. O arquétipo do chefe do Tipo A é incorporado em personagens fictícios como Blake Carrington, da série "Dynasty" e Tony Stark, o Homem de Ferro.

O ator Robert Downey Jr., que interpreta o personagem Homem de Ferro nos filmes da Marvel - Henry Nicholls - 13.jul.2023/AFP

Altos executivos de bancos formam uma amostra especialmente boa para medir o viés implícito em relação às pessoas com boa aparência convencional. Eles tendem a ser homens brancos de idade, origem socioeconômica e formação semelhantes, minimizando outros fatores que poderiam influenciar o resultado.

Sami Vähämaa, da Universidade de Vaasa, e seus colegas treinaram uma rede neural de inteligência artificial (IA) usando um conjunto de dados de 5.500 imagens que haviam sido classificadas entre 1 e 5 por sua atratividade.

Eles então entregaram 272 fotos de CEOs de bancos dos EUA à IA para classificá-los. Em seguida, compararam as classificações com o salário de cada executivo.

Os pesquisadores observaram que os chefes que obtiveram pontuações acima da média em aparência recebiam 24% a mais do que aqueles classificados abaixo da média. A aparência teve um impacto ainda maior quando se tratava de bonificações.

A remuneração discricionária era mais de 50% maior para o grupo mais atraente.

A análise desta coluna sugere que a boa aparência pode aumentar seu salário, mas não seu desempenho como CEO. Usamos uma IA parecida para avaliar a aparência de CEOs europeus, um grupo com mais queixos quadrados e graciosos cabelos grisalhos do que deveria.

Havia pouca relação entre aparência e retorno total para os acionistas. Pelo contrário, a correlação era ligeiramente negativa. A beleza está nos olhos de quem vê. Mas, nos negócios, os benefícios são destinados principalmente para aqueles que a têm.

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