Meta processada nos EUA, criminosos usam deepfake para golpes e o que importa no mercado

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São Paulo

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Meta é alvo de novo processo nos EUA

Dezenas de estados americanos entraram com um processo contra a Meta nesta terça. Eles acusam a dona do Instagram de contribuir para uma crise de saúde mental de jovens por meio de suas redes sociais.

A ação judicial se soma a outras de autoridades contra big techs, que têm como pano de fundo os efeitos de um suposto vício em redes sociais em crianças e adolescentes.

A acusação: 41 estados dos EUA e o Distrito de Columbia disseram que a Meta tem enganado repetidamente o público sobre os perigos de suas plataformas e induzido conscientemente crianças e adolescentes ao vício e ao uso compulsivo das plataformas.

  • Eles também alegam que a companhia promoveu suas plataformas para usuários com menos de 13 anos, que são proibidos de usá-las tanto pela lei federal quanto pelas políticas da companhia.

A defesa: a Meta disse estar decepcionada que os procuradores dos estados escolheram esse caminho "em vez de trabalhar de forma produtiva com empresas de todo o setor para criar padrões claros e adequados à idade para os muitos aplicativos que os adolescentes usam".

  • Também afirmou que implementou diversas funcionalidades para melhorar o bem-estar dos jovens e aprimorar os controles dos pais sobre como seus filhos usam o produto.

A acusação dos estados americanos usa como base documentos internos vazados pela ex-funcionária Frances Haugen ao Wall Street Journal em 2021.

Uma das reportagens afirmava que a companhia sabia que o Instagram pode ser prejudicial à saúde mental de garotas adolescentes, mas não fez nada para mudar isso.


Golpes com deepfake crescem com IA

Estelionatários, depois de invadir contas em redes sociais, usam IA (inteligência artificial) para clonar traços e voz da vítima e publicar vídeos falsos.

O objetivo é enganar os seguidores daquela conta, ao recomendar "investimentos" ou vender produtos a preços baixos e que na verdade não existem.

Entenda: essa tecnologia ficou conhecida nos últimos anos como deepfake. Seu uso está cada vez mais disseminado e enganoso com a adoção de plataformas de IA generativa.

Nos EUA, o problema ficou escancarado quando vídeos do dono do canal MrBeast, o influenciador mais popular do mundo, foram alterados para oferecer iPhones em troca de valores irrisórios, como US$ 2.


Quando a esmola é demais… Para fugir desses golpes, a recomendação é sempre aumentar o desconfiômetro sobre ofertas muito boas para ser verdade.

Para captar se aquele áudio ou vídeo foi alterado ou não, a recomendação é analisar os detalhes: se o jeito de falar da pessoa é coerente, verificar a qualidade do áudio e vídeo (que costuma ter algum ruído em caso de golpe) etc.


Em poder de compra, Brasil ainda é oitavo

Apesar de o FMI (Fundo Monetário Internacional) projetar a economia brasileira terminando o ano como a nona maior do mundo, à frente do Canadá, o país deve ficar estagnado no ranking quando é considerada a paridade do poder de compra.

Entenda: esse tipo de conceito leva em conta as diferenças no custo de vida dos países e costuma ser considerado como uma comparação mais justa para medir o desempenho relativo das economias.

  • Já a lista que considera os PIBs nominais em dólares pode mudar conforme a valorização ou desvalorização da moeda americana em cada mercado.

Em números:

  • 8º lugar é a posição do Brasil projetada para o fim do ano no ranking de paridade de poder de compra, estável em relação ao cálculo anterior, feito em abril;
  • 9º lugar é o lugar previsto pelo FMI para o PIB brasileiro em dólares ao fim do ano, uma posição acima em relação à última projeção

Ainda no ranking nominal, a Alemanha ultrapassaria o Japão como terceira maior economia do mundo no fim do ano, diante da forte desvalorização do iene (moeda japonesa).

  • Na lista de economias pela paridade do poder de compra, o Japão segue como o quarto, mas atrás de Índia, EUA e China –a líder nesse tipo de comparação.

Dólar abaixo de R$ 5

Depois de uma disparada no último mês, quando chegou a encostar nos R$ 5,20, o dólar voltou a fechar abaixo dos R$ 5 nesta terça (24).

O principal motivo tanto para a alta quanto para o refresco de agora é o mesmo: os títulos do Tesouro americano.

Entenda: os "treasuries" são semelhantes aos títulos do Tesouro Direto aqui no Brasil. Eles financiam a máquina pública e têm suas taxas e preços variando diariamente.

  • Seus rendimentos tinham disparado a partir da última reunião do Fed (Federal Reserve), quando os membros do banco central americano indicaram a possibilidade de um novo aumento nas taxas de juros neste ano.
  • Agora, os treasuries de dez anos, os mais monitoradas, caíram para 4,81% e se afastaram dos 5% da véspera.

O cenário de queda do dólar, porém, não está dado. Os investidores ainda aguardam dados sobre a economia americana, em especial números de inflação, para alinhar apostas sobre a política monetária americana.

O movimento de baixa da moeda nesta terça no Brasil também está atrelado ao avanço das commodities no exterior. Destaque para o minério de ferro, que foi o responsável por uma alta de 2,39% nas ações da Vale.

Os papéis da Petrobras subiram 1,27%, mas ainda longe de recuperar os 6% de perdas da segunda, quando a companhia soltou um comunicado que indicou um relaxamento da governança da companhia.

Mais sobre empresas da Bolsa

Nos EUA,
as ações da Microsoft subiram 4%, e as do Google recuaram 6% no pós-mercado, numa reação à divulgação de seus balanços.

A empresa cofundada por Bill Gates registrou alta na receita acima da expectativa do mercado, enquanto a companhia conhecida pelo buscador decepcionou com os números de seu negócio de nuvem.

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