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Bolsa recua e dólar sobe a R$ 4,9081 com investidores de olho na inflação dos EUA

Rebaixamento da nota de crédito americana pela Moody's também impactou mercados nesta segunda (13)

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São Paulo

O mercado financeiro global começou a semana em compasso de espera, com leve tom negativo. A Bolsa fechou em queda e o dólar subiu nesta segunda-feira (13).

Investidores aguardam dados inflacionários dos Estados Unidos, que serão divulgados na terça (14), enquanto repercutem o rebaixamento da nota de crédito do país pela Moody's, de "estável" para "negativa" na última sexta (10).

Homem fotografa painel eletrônico da Bolsa de Valores de São Paulo.
Homem fotografa painel eletrônico da Bolsa de Valores de São Paulo. Nesta segunda (13), o Ibovespa opera em queda. - Rahel Patrasso/Xinhua

A medida vem após a Fitch, outra agência de classificação de risco, rebaixar o rating soberano dos EUA neste ano, na esteira de meses de embate político em torno do teto da dívida americana.

Em sua justificativa, a Moody's citou grandes déficits fiscais e um declínio na capacidade de pagamento da dívida como riscos para a economia americana, fatores que ajudaram a elevar os juros dos treasuries (títulos do Tesouro americano) no último mês.

O que mais pressionou a rentabilidade da renda fixa americana, porém, foi a expectativa de que a taxa básica de juros do país continue a níveis elevados por mais tempo. Ela está no maior patamar desde 2001, entre 5,25% e 5,50%. A expectativa do mercado é que ela comece a baixar no meio de 2024.

Amanhã, a inflação de outubro pode dar pistas de quando se encerrará este ciclo de aperto monetário. A previsão é de uma desaceleração dos preços, de 3,7% em setembro, para 3,3%. No entanto, o núcleo da inflação deve permanecer inalterado em relação ao mês anterior.

Em Wall Street, os índices acionários tiveram desempenhos mistos. O S&P 500 e o Nasdaq cederam 0,08% e 0,22%, respectivamente. Já o Dow Jones subiu 0,16%.

Por aqui, o Ibovespa recuou 0,14%, a 120.398 pontos. Nas últimas três semanas, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira acumulou uma alta de 6,55%.

Já o dólar comercial fechou em leve alta de 0,13%, a R$ 4,9081.

No geral, quanto mais altos os juros dos EUA, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente, uma vez que investidores passam a mostrar maior interesse pelo extremamente seguro mercado de renda fixa americano.

Enquanto isso, no Brasil, investidores continuam de olho no risco fiscal, em meio a discussões sobre a mudança da meta de zerar o déficit em 2024.

"A discussão principal agora não é se a meta será alterada, mas para quanto", disseram analistas da Guide Investimentos em nota a clientes.

Com Reuters

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