Descrição de chapéu petrobras

Ministro defende debate sobre horário de verão e cobra redução de preço de combustíveis

Alexandre Silveira também afirma que queda no preço do barril do petróleo Brent deveria levar Petrobras a abaixar preços da gasolina e do diesel

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Brasília e São Paulo | Reuters

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu nesta sexta-feira (17) um debate sobre a volta do horário de verão e cobrou uma redução de preços de combustíveis pela Petrobras, em especial do diesel, afirmando que "já esperava" uma manifestação da estatal desde o último reajuste realizado há mais de 30 dias.

Em entrevista à GloboNews, Silveira disse que deve haver uma discussão sobre horário de verão que não leve em conta apenas a economia de energia mas também os costumes das pessoas.

"Eu vejo a discussão sem nenhum tabu. Eu defendo isso no governo, o horário de verão deve ser desatrelado da questão exclusivamente energética. O horário de verão tem outras repercussões", afirmou Silveira.

Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, discursa em evento em Brasília
Alexandre Silveira diz que queda do petróleo Brent deve motivar Petrobras a reduzir preço dos combustíveis - Evaristo Sá - 14.set.2023 / AFP

A medida costuma ser implantada entre outubro e fevereiro, quando o sol se põe mais tarde, com o objetivo de economizar energia no começo da noite. Nos últimos anos, porém, o pico de consumo se deslocou para o começo da tarde.

O avanço nos relógios deixou de ser feito em 2019 e a perspectiva é de que não volte neste ano, ja que técnicos não veem impacto da mudança no consumo de energia.

"Há um impulso econômico em alguns setores. Então, eu tenho defendido junto ao MDIC, à Economia, que a gente possa olhar o horário de verão de uma forma mais holística, mais ampla. É importante para o Brasil, mesmo que nós tenhamos um momento de segurança energética como hoje, quando ela [a mudança nos relógios] impactar positivamente a economia", afirmou Silveira.

Silveira também disse na entrevista ver "possibilidade real" de redução de preços do diesel entre R$ 0,32 e R$ 0,42 por litro, e da gasolina, de R$ 0,10 a R$ 0,12 por litro, dada a queda do preço do petróleo Brent desde o último reajuste anunciado pela Petrobras.

Em 19 de outubro, a petrolífera anunciou aumento de R$ 0,25 no litro do diesel, e redução de R$ 0,12 no litro da gasolina. Na época, o barril do petróleo Brent estava cotado a US$ 92. Nessa quinta-feira (17), o barril custava US$ 77,42.

"Eu fiz essa manife stação ao ministro da Casa Civil, eu acho que é importante, respeitando a governança da Petrobras, respeitando a sua natureza jurídica, mas já está na hora de puxarmos de novo a orelha da Petrobras", afirmou.

O ministro afirmou que uma redução dos preços de combustíveis seria fundamental para que o país alcance sua meta inflacionária.

"Se nós tivermos a redução, que é possível fazer sem nenhum prejuízo à Petrobras, nenhum prejuízo ao preço que ela se propôs a exercer, estou dizendo que ela está acima do preço de competitividade interna... ela contribui com a meta inflacionária", afirmou.

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