Economistas reduzem previsão da inflação neste ano pela terceira semana seguida

Boletim Focus mostra que analistas esperam IPCA de 3,81% em 2024; divulgação foi atrasada por protesto de servidores

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São Paulo

Os economistas ouvidos pelo Banco Central diminuíram pela terceira semana consecutiva a previsão da inflação para este ano no Brasil.

Segundo o boletim Focus, divulgado nesta terça-feira (30), a expectativa do mercado é que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) termine 2024 em 3,81%, queda de 0,05 ponto percentual em relação à semana passada, quando a previsão era de 3,86%.

Cliente observa produto em supermercado de São Paulo
Economistas diminuem a previsão da inflação pela terceira semana consecutiva - Rubens Cavallari - 27.abr.2022 / Folhapress

Na primeira semana do ano, os economistas apontavam que o índice ficaria em 3,90%. Para os próximos três anos, houve a manutenção da previsão em 3,5%, como já ocorre há quase sete meses. A projeção do IPCA deste ano segue acima do centro da meta oficial, que é de 3%, mas abaixo do teto, de 4,5%.

Esta foi a única mudança entre os principais índices destacados no boletim Focus. Os analistas mantiveram o PIB em 1,6% para 2024 e 2% em 2025, 2026 e 2027. O dólar segue em R$ 4,92 neste ano, R$ 5 (2025), R$ 5,05 (2026) e R$ 5,10 (2027).

A taxa básica de juros Selic também permanece em 9% em 2024 e 8,5% nos três anos seguintes.

A partir desta terça-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reúne para definir a nova taxa, que atualmente está em 11,75%. A expectativa é que ocorra um corte de 0,5 ponto percentual, indo a 11,25%. O anúncio será nesta quarta-feira (31).

O boletim Focus costuma ser divulgado na segunda-feira, mas foi adiado em um dia em virtude do protesto dos servidores do BC, que pedem melhorias na carreira, contratação de mais servidores, reajuste salarial, retribuição por produtividade, exigência de nível superior para o cargo de técnico e outras solicitações.

De acordo com o sindicato, o Banco Central não realiza concurso há mais de dez anos e tem hoje 44% de postos vagos de um total de 6.470.

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