Zara retorna à Venezuela após recuperação do consumo e controle da inflação

Empresa encerrou operações no país em 2021 após recessão econômica de sete anos ter prejudicado a demanda no varejo

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Fabiola Zerpa Clara Hernanz Lizarraga
Bloomberg

A varejista de moda Zara está retornando à Venezuela após os gastos do consumidor se recuperarem e o país controlar a hiperinflação.

O operador local da franquia, Grupo Futura, terá sua primeira loja em funcionamento em um shopping de luxo em Caracas antes de julho, de acordo com a controladora da Zara, Industria de Diseno Textil, ou Inditex.

A empresa encerrou suas operações no país em 2021 após a hiperinflação e uma recessão econômica de sete anos terem prejudicado a demanda no varejo.

Loja da Zara em shopping de Caracas, na Venezuela - Carlos Garcia Rawlins - 30.set.2014/Reuters

Outras marcas da Inditex, Bershka e Pull & Bear, também saíram do país em 2021.

A Inditex é de propriedade de Amancio Ortega, a pessoa mais rica da Espanha, com uma fortuna de US$ 84 bilhões.

A retomada das operações da Zara ocorre à medida que o poder de compra dos venezuelanos se recupera lentamente após a ampla dolarização controlar a inflação e o relaxamento das sanções dos Estados Unidos permitir o aumento dos investimentos.

A economia da Venezuela deve crescer 4,5% este ano, de acordo com uma previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI), superando Colômbia, Peru, Brasil, México e Chile.

A inflação no país terminou 2023 com alta de 189,8%, menor que os 234% registrados no ano anterior, segundo dados divulgados pelo banco central venezuelano na sexta-feira passada (12).

O operador da franquia, Grupo Futura, avaliará a resposta à reabertura da primeira loja antes de expandir gradualmente, disse a diretora da Câmara Venezuelana de Centros Comerciais (Caveco), Claudia Itriago.

A administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um acordo com a Venezuela em outubro para suspender algumas sanções em troca de promessas de eleições mais justas em 2024.

Espera-se que o presidente Nicolás Maduro busque um terceiro mandato nas eleições deste ano, embora esteja muito atrás da líder da oposição, María Corina Machado, nas pesquisas.

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