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Google lança Gemini em novo esforço para lucrar com IA generativa

Gigante da tecnologia inclui o sistema mais recente em ofertas de assinatura

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Madhumita Murgia
Londres | Financial Times

O Google lançou nesta quinta-feira (8) o Gemini, seu mais recente sistema de inteligência artificial generativa, juntamente com novas ofertas para empresas e consumidores, enquanto a gigante da tecnologia disputa com a Microsoft e a OpenAI a comercialização da tecnologia.

A gigante das buscas disse que seu sistema de IA é "maior, mais capaz e mais geral". O Gemini (gemini.google.com) substituirá o Bard e está disponível em 40 idiomas, incluindo o português.

A IA também terá um novo aplicativo separado gratuito no Android e, no iOS, estará disponível no app do Google.

FILE Ñ Sundar Pichai, GoogleÕs chief executive, discusses artificial intelligence initiatives at an annual conference in Mountain View, Calif., May 10, 2023. A new version of the Google Bard chatbot released on Dec. 6, 2023, is underpinned by Gemini, which Google bills as its most powerful AI yet. (Jason Henry/The New York Times)
O CEO do Google, Sundar Pichai, apresentando os modelos Gemini - Jason Henry -10.mai.23/The New York Times

O modelo mais avançado da IA, o Gemini Ultra 1.0, será oferecido como um chatbot e integrado ao pacote de ferramentas de produtividade da empresa, como Gmail, Docs e Sheets, por meio de um plano de assinatura premium que custa US$ 20 por mês, cerca de R$ 100.

A IA generativa —sistemas que geram texto, código e vídeo em segundos— abriu uma nova frente na batalha pela dominação da tecnologia entre as grandes empresas de tecnologia do Vale do Silício.

O modelo mais recente do Google, que, segundo a empresa, pode analisar informações de imagens e áudio e possui capacidades sofisticadas de raciocínio e codificação, segue os lançados pela OpenAI apoiada pela Microsoft, pela Meta e por startups como Anthropic e Mistral.

Depois de gastar bilhões no desenvolvimento de IA generativa, os grupos de tecnologia agora estão se concentrando em criar modelos de negócios claros a partir da tecnologia.

Em novembro, a Microsoft lançou o Copilot, seu assistente de produtividade de IA nas versões empresariais de seu amplamente utilizado conjunto de aplicativos de produtividade Microsoft 365, que inclui Word, PowerPoint e Excel, por US$ 30 por mês.

O Google renomeou todos os seus produtos de IA, como o chatbot Bard, como para Gemini, como parte de uma reformulação corporativa projetada para unificar sua variedade de ofertas de IA generativa.

No entanto, o sistema não estará disponível na UE no lançamento, o que o Google sugeriu ser devido a obstáculos regulatórios. A UE concordou com um Ato de IA, que vai impor novos encargos às empresas de tecnologia que constroem modelos de IA.

"Estamos trabalhando com reguladores locais para garantir que estejamos cumprindo os requisitos do regime local antes de podermos expandir", disse Sissie Hsiao, vice-presidente do Google e gerente geral de experiências do Gemini.

Nos celulares Android, o Gemini atua como um assistente virtual que responde a comandos de voz e texto.

"Você pode tirar uma foto do seu pneu furado e pedir instruções, gerar uma imagem personalizada para o convite da sua festa de jantar ou pedir ajuda para escrever uma mensagem de texto difícil", disse Hsiao. "É um primeiro passo importante na construção de um verdadeiro assistente de IA - um que seja conversacional, multimodal e útil".

Agora que o Google lançou a primeira versão comercial de seu software de IA, os investidores estão observando sinais de que a empresa californiana pode reduzir a diferença com a Microsoft no desenvolvimento de modelos de IA generativa.

As ações da Alphabet, empresa controladora do Google, atingiram máximas históricas em janeiro, em meio a uma alta mais ampla das ações de tecnologia.

Em seu relatório de ganhos trimestrais no mês passado, a receita geral da Alphabet subiu para US$ 86,3 bilhões, um aumento de 13,5% em relação ao ano anterior, que superou as expectativas dos analistas, embora tenha ficado ligeiramente abaixo das previsões de crescimento em seu negócio de publicidade.

O CEO da Alphabet, Sundar Pichai, disse que o Google também está "experimentando" a aplicação de seus modelos Gemini em seu negócio de busca.

"A IA nos oferece uma oportunidade no lado orgânico e no lado de monetização, e estamos nos estágios iniciais disso", disse ele. "Olhando a longo prazo, seremos capazes de atender às necessidades de informação de uma maneira mais profunda, e estou muito animado com o que está por vir".

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