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New York Times ganha 300 mil assinaturas no 4º trimestre de 2023 e chega a 9,7 milhões de contas digitais

Empresa tem combinado notícias com outros conteúdos, como podcasts, receitas e jogos, para aumentar engajamento

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Samrhitha Arunasalam
Reuters

O New York Times informou nesta quarta-feira (7) que ganhou 300 mil assinantes digitais pagos no quarto trimestre de 2023, ajudando a impulsionar a receita anual das assinaturas digitais para mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões) pela primeira vez.

No final do ano passado, o jornal tinha 10,36 milhões de assinantes, sendo 9,7 milhões deles apenas digitais. Sua meta é atingir 15 milhões de assinantes até 2027.

A empresa, no entanto, disse que não atingiu as estimativas de receita trimestral por causa de uma desaceleração nas receitas de publicidade, o que fez suas ações caírem mais de 7% nesta quarta.

Prédio do New York Times em Manhattan - Shannon Stapleton -3.ago.20/REUTERS

A incerteza econômica fez com que os anunciantes reduzissem seus orçamentos de marketing e optassem por opções consideradas mais seguras, como a Meta. Além disso, leitores também reduziram suas assinaturas na tentativa de cortar gastos.

O NYT registrou receita de US$ 676,2 milhões (R$ 3,36 bilhões) no quarto trimestre, abaixo das estimativas dos analistas de US$ 679,24 milhões (R$ 3,4 bilhões), de acordo com dados da LSEG.

Nos últimos anos, a empresa tem apostado em uma estratégia de agrupamento, combinando notícias com conteúdos como podcasts, receitas e jogos, para aumentar o engajamento e reter usuários.

A receita total de publicidade caiu 8,4%, para US$ 164,1 milhões (R$ 815 milhões) no quarto trimestre, menor que as estimativas de US$ 177 milhões (R$ 879 milhões). Para o primeiro trimestre de 2024, a empresa espera que a receita de publicidade digital aumente até 10%.

As empresas que dependem de recursos de anúncios provavelmente terão um aumento dessa receita antes da eleição presidencial de novembro nos Estados Unidos, com os gastos com publicidade política nos EUA, devendo aumentar 30% neste ano em relação à última eleição presidencial em 2020, de acordo com dados da empresa de pesquisa Insider Intelligence.

Grande parte do setor enfrenta turbulência, com veículos como The Los Angeles Times, The Washington Post e Business Insider demitindo jornalistas ou abrindo programas de demissão nos últimos meses.

Os desafios estão relacionados a uma queda no número de leitores que acessam a sites de notícias por meio de redes sociais, menor interesse dos usuários em conteúdo noticioso e um mercado difícil para publicidade.

Segundo o NYT, o número de assinantes impressos continuou a diminuir. Havia 730 mil no final de 2022 e 660 mil no final de 2023.

A empresa ainda disse que enfrenta um desafio crescente com a ascensão da inteligência artificial generativa.

No final do ano passado, o jornal processou a OpenAI e a Microsoft por violação de direitos autorais, argumentando que os artigos publicados pelo NYT foram usados para treinar os chatbots que agora competem com a empresa.

A OpenAI afirma que o conteúdo do New York Times não contribuiu significativamente para a existência de seus modelos, como o GPT, que está por trás do ChatGPT.

Com The New York Times

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