Como Jerry Seinfeld ficou bilionário graças a uma série de TV encerrada em 1998

Comercialização dos direitos de 'Seinfeld' representa mais da metade da fortuna de comediante, calcula a Bloomberg

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São Paulo

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Luz, câmera, bilhão

Jerry Seinfeld, comediante e astro da série lançada em 1989 que leva seu sobrenome, entrou para a lista de bilionários da Bloomberg. Foi a primeira vez que a empresa criadora do ranking avaliou sua riqueza.

Ainda hoje, boa parte da sua fortuna vem da "sitcom". Com o último episódio veiculado em 1998, a série segue gerando retorno financeiro com a comercialização dos direitos de transmissão.

Em 2019, a Netflix comprou as nove temporadas por mais do que os US$ 500 milhões que a NBC desembolsou pelos direitos de "The Office" ou os US$ 425 milhões que a Warner pagou por "Friends", reportou na época o Los Angeles Times.

Super popular nos anos 1990, o programa de TV protagonizado por Jerry ficou famoso por falar "sobre o nada".

Ela mostra Seinfeld em uma versão fictícia de si mesmo e acompanha situações do cotidiano na companhia de seus três companheiros mais próximos: o amigo de infância, George Costanza (Jason Alexander); a ex-namorada que se tornou amiga, Elaine Benes (Julia Louis-Dreyfus); e o vizinho excêntrico, Kramer (Michael Richards).

A fortuna de Jerry Seinfeld, nas contas da Bloomberg:

  • US$ 465 milhões (R$2,3 bilhões) de acordos de transmissão (chamados de "syndication") –a compra dos direitos de streaming pela Netflix garantiu mais US$ 94 milhões (R$ 468 milhões);
  • US$ 100 milhões (R$ 498 milhões) com as turnês de shows de comédia que ele fez desde os anos 1980;
  • US$ 40 milhões (R$ 199,5 milhões) em imóveis. Fazem parte do seu portfólio um apartamento em Nova York, uma casa nos Hamptons e um galpão na Califórnia

↳ A Bloomberg considerou que o ator investiu seus ganhos a partir de 1990 e os atualizou de acordo com o índice MSCI World –que reúne ações de cerca de 1.500 companhias de diversos países.

A imprensa americana afirma que o ator ganhava cerca de US$ 1 milhão por episódio nos anos finais de "Seinfeld". A sua coleção de carros antigos, que foi mostrada em parte na série da Netflix "Comedians in Cars Getting Coffee", não foi considerada no cálculo.

"Não é bem assim": uma porta-voz de Seinfeld disse que o cálculo da riqueza do comediante feito pela Bloomberg é "impreciso", mas se recusou a fornecer mais detalhes.


Quer mais ou menos risco?

O caminho para atingir a independência financeira passa pela formação de uma carteira de investimentos adequada ao perfil de risco de cada um.

Isso significa que o portfólio não pode atrapalhar o sono do investidor mais cauteloso, nem entregar uma previsibilidade próxima à de títulos do Tesouro (mais seguros) para quem tem maior apetite a risco.

Antes de tudo, os especialistas alertam para a necessidade de formação da reserva de emergência. É ela que erá o colchão de segurança para imprevistos e permitirá que seus investimentos de longo prazo não precisem ser resgatados.

Ela deve ser formada por ativos seguros e de liquidez diária, como títulos públicos pós-fixados, fundos DI e CDBs de grandes bancos. É recomendável que sejam poupados pelo menos seis meses da soma dos gastos mensais.

As carteiras indicadas para o investidor…

↳ Conservador
: cerca de 90% de papéis de baixo risco da renda fixa. Fazem parte dessa lista CDBs, LCIs e LCAs, Tesouro Direto e uma fatia em fundos de títulos indexados à inflação e à previdência.

  • Os outros 10% em renda variável (fundos de ações no Brasil e no exterior).

↳ Moderado: reduz o percentual em renda fixa (60%) e aumenta na variável (40%).

  • Na primeira, um misto entre títulos pré e pós-fixados e atrelados à inflação, além de exposição a crédito privado.

↳ Arriscado: maior representação de renda variável (70%) do que fixa (30%). A exposição a ativos de maior risco, como criptoativos, aparece, mas em um percentual menor (5%), dada sua alta volatilidade.

Quanto alocar em cada ativo? O economista Bruno Mori, sócio-fundador da consultoria de planejamento financeiro Sarfin, montou uma carteira recomendada para os três perfis de tolerância a risco:


Mais sobre investimentos:

  • De Grão em Grão | Oportunidades só são reconhecidas quando perdemos, mas elas se repetem e muitos as deixam passar de novo; leia no blog.
  • Marcos de Vasconcellos | "Negócio da década", compra do Credit Suisse pelo UBS completa um ano, mas dificilmente vai se repetir; leia na coluna.

Startup da Semana: Networkme

O quadro traz às segundas o raio-x de uma startup que anunciou uma captação recentemente.

A startup: fundada pelo brasileiro Felipe Vieira e pelo português Marcelo Manteigas, a edtech (startup de educação) faz a conexão entre estudantes do ensino superior com empresas que procuram trabalhadores.

Em números: a startup anunciou ter recebido um aporte de 700 mil euros (R$ 3,77 milhões) como extensão de sua rodada seed (semente, entenda aqui as etapas de investimento em startups).

  • A Networkme diz ter levantado 2 milhões de euros (R$ 10,79 milhões) desde sua fundação, em 2020.

Quem investiu: participaram da rodada Bankinter, Big Sur Ventures, Valutia, Verve Capital e Shilling.

Que problema resolve: a Networkme oferece orientação de carreira aos estudantes que estão no ensino superior e os aproxima das empresas para que eles sejam inseridos no mercado de trabalho.

  • Uma das soluções oferecidas é o simulador de carreira, com conteúdos que simulam uma profissão júnior. Para isso, a edtech também procura por parcerias com instituições de ensino.
  • A plataforma é gratuita aos estudantes.

Por que é destaque: o aporte faz a startup desembarcar no Brasil, onde ela quer chegar a 300 mil estudantes cadastrados no primeiro ano de operação.

  • Em Portugal, país em que opera desde 2020, são 100 mil usuários na plataforma, e a edtech diz ter conectado 50 mil a empresas.
  • Ela chega ao Brasil para competir com outras edtechs que prometem fazer a ponte entre jovens –de variadas escolaridades– e empresas.
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