O banco central da Argentina está otimista de que a taxa de inflação mensal do país diminuirá mais rapidamente do que o esperado por analistas, segundo uma apresentação feita da instituição, mas vê mais trabalho a ser feito para repor os níveis de moeda estrangeira.
O país está lutando para restaurar a estabilidade econômica sob o comando do novo presidente Javier Milei, em meio a uma das piores crises em décadas, com inflação anual próxima a 300%, reservas de moeda estrangeira esgotadas e aumento dos níveis de pobreza.
Milei promoveu um duro pacote de austeridade que conquistou os mercados e os investidores, com cortes acentuados de gastos e foco na reversão de um profundo déficit fiscal após anos de gastos excessivos de governos de esquerda e direita.
A apresentação do banco central, feita pelo vice-presidente Vladimir Werning em Washington compilou uma série de dados e mostrou que a instituição espera que a inflação mensal caia para 9% este mês e 5,8% em maio, abaixo do pico de mais de 25% em dezembro.
Isso estaria abaixo de sua própria pesquisa mais recente com analistas, de 10,8% e 9% para este mês e o próximo, indicando suposições mais confiantes sobre as perspectivas de preços, um dos principais desafios econômicos da Argentina, com a inflação anual mais alta do mundo.
A apresentação também descreveu como o banco central acumulou fortemente as reservas este ano, embora tenha alertado que elas permanecem cerca de US$ 4,2 bilhões em território negativo em termos líquidos quando os títulos do Bopreal e os passivos de Depósito de Treasury são excluídos.
Em 19 de abril, segundo a apresentação, as reservas estavam com um saldo líquido positivo de US$ 552 milhões com a inclusão desses títulos, o que a apresentação esclareceu ser o cálculo usado pelo Fundo Monetário Internacional.
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