Descrição de chapéu Estados Unidos China

EUA devem manter comércio e trabalhar com China para resolver disputas, diz FMI

Uma disputa pode distorcer comércio, investimentos e fragmentar cadeias de suprimentos, diz Fundo

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Washington (Estados Unidos) | Reuters

Os Estados Unidos estarão em melhores condições se mantiverem seu sistema de comércio aberto, em vez de impor novas tarifas punitivas sobre os produtos da China, disse, nesta quinta-feira (16), o FMI (Fundo Monetário Internacional).

A porta-voz do FMI, Julie Kozack, disse em coletiva de imprensa que restrições comerciais como anunciadas pelo presidente estadunidense, Joe Biden, nesta terça-feira (14) podem distorcer o comércio e os investimentos, fragmentar as cadeias de suprimentos e desencadear ações de retaliação.

O Fundo acrescenta que países devem trabalhar juntos para resolver suas tensões comerciais. "Uma fragmentação desse tipo pode custar muito caro para a economia global", afirmou.

EUA estarão em melhores condições se mantiverem seu sistema de comércio aberto, em vez de impor novas tarifas punitivas sobre os produtos da China, segundo o FMI.
EUA estarão em melhores condições se mantiverem seu sistema de comércio aberto, em vez de impor novas tarifas punitivas sobre os produtos da China, segundo o FMI. - Bob Riha Jr./Reuters

Kozack disse que o FMI identificou cerca de 3 mil restrições comerciais globais em 2023, em comparação com as 1.000 em 2019. No pior cenário de fragmentação severa em blocos geopolíticos, isso pode reduzir a produção econômica global em cerca de 7%, o equivalente à remoção do PIB (Produto Interno Bruto) do Japão e Alemanha juntos.

"Com relação às tarifas, nossa opinião é que os EUA estarão mais bem servidos se mantiverem políticas comerciais abertas que têm sido vitais para seu desempenho econômico", disse Kozack.

"Também incentivamos os EUA e a China a trabalharem juntos em busca de uma solução que aborde as preocupações subjacentes que exacerbaram as tensões comerciais entre os dois países."

EUA procuram justificar as tarifas acentuadamente mais altas sobre veículos elétricos, células solares, semicondutores, suprimentos médicos e outros bens chineses como uma medida preventiva para proteger as indústrias domésticas contra as políticas econômicas chinesas.

Essas políticas incentivaram o superinvestimento e superprodução nos setores, que devem desencadear uma enxurrada de exportações para os mercados globais.

A China prometeu retaliar as novas tarifas e acusou algumas autoridades estadunidenses de "perderem a cabeça".

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