EUA criaram menos empregos até março do que o divulgado anteriormente

Os ganhos do mercado de trabalho podem estar superestimados, segundo economistas

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Lindsay Dunsmuir
Reuters

Os empregadores norte-americanos criaram menos empregos do que o divulgado originalmente até março, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira (21), pondo em evidência as preocupações crescentes do Federal Reserve sobre o mercado de trabalho, enquanto se prepara para começar a cortar os juros em setembro.

A estimativa para o total de empregos criados no período de abril de 2023 a março de 2024 foi reduzida em 818.000.

O número nitidamente mais baixo é a primeira de duas revisões anuais de "referência" realizadas pelo departamento, conforme ele coleta dados mais precisos disponibilizados apenas nos meses seguintes à publicação do seu relatório mensal.

Se a contagem se mantiver até a revisão final, será a maior revisão para baixo desde a redução de 902.000 empregos em março de 2009.

Nota de dólar
Na quarta-feira, o dólar fechou em alta de 0,37%, aos R$ 5,469, e a Bolsa brasileira avançou 0,69%, aos 133.317 pontos - Dado Ruvic/Reuters

Isso também está de acordo com a opinião de alguns economistas de que os fortes ganhos de emprego têm sido sistematicamente superestimados.

A revisão representou uma mudança para baixo no total de empregos de cerca de 0,5%.

O total de empregos no setor privado foi revisado para baixo em 819.000, ou 0,6% abaixo do que havia sido estimado anteriormente pelo departamento. Os dados de emprego no governo permaneceram basicamente inalterados.

A categoria de serviços profissionais e empresariais registrou a maior redução na estimativa de empregos, com 358.000, ou 1,6%, em relação à estimativa anterior, seguida pela categoria de lazer e hospitalidade, com 150.000 empregos a menos, uma queda de 0,9%. O setor manufatureiro, que sofre grande pressão, registrou uma redução de 115.000 empregos, também de 0,9%.

As autoridades do Fed poderão levar em conta a indicação de que o mercado de trabalho foi mais brando do que se pensava anteriormente ao avaliarem o ritmo das reduções de juros após o corte inicial amplamente esperado em sua reunião de 17 e 18 de setembro.

O banco central dos EUA tem mantido sua taxa de juros na faixa atual de 5,25% a 5,50% por mais de um ano.

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