A Folha estreia neste sábado (31) a série "Fronteiras da Mineração" com cinco reportagens, publicadas a cada 15 dias, que mostram os impactos econômicos e ambientais para cidades de Minas Gerais, berço do setor, e Pará, estado onde estão as mais produtivas minas de ferro do mundo.
A reportagem percorreu uma rota de 5.000 quilômetros, durante três semanas de julho, e conversou com especialistas, autoridades municipais, estaduais, federais, além de representantes de mineradoras e de moradores de cidades protagonistas dessas mudanças. Foram mais de 40 entrevistas feitas em nove municípios.
Entre 2018 e 2021, o Pará assumiu a liderança da produção mineral do país e, desde então, briga anualmente com Minas Gerais pela posição.
Foi em 2018 também –um ano antes da tragédia de Brumadinho– que o estado do Norte ultrapassou o do Sudeste como maior exportador de minério de ferro do país.
Essa mudança de hegemonia, impulsionada pela busca por materiais com menor pegada de carbono, já se reflete no dia a dia dos dois estados.
O sudeste paraense, por exemplo, vive anos de glória, com receitas e poder político cada vez maiores. Já algumas cidades do quadrilátero ferrífero, região mineira que abriga as jazidas de minério de ferro, contam os anos para se despedir do setor.
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