Acordo para compra da The Body Shop salva lojas da rede

De acordo com o fundo de investimentos Auréa, pontos de venda não serão fechados no curto prazo

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Londres | AFP

A aquisição da cadeia britânica de produtos de beleza The Body Shop pelo fundo de investimentos Auréa foi finalizada neste sábado (7). O novo controlador não prevê, por enquanto, fechar lojas da marca.

A aquisição põe fim a meses de incertezas em torno da rede de produtos cosméticos, conhecida pelos seus compromissos éticos, que pediu falência em fevereiro.

Charles Denton, ex-CEO da perfumista britânica Molton Brown, assumirá a gestão da rede, e Mike Jatania, cofundador da Auréa, será o presidente da companhia.

O futuro CEO disse estar "muito entusiasmado em liderar esta marca que admira há anos", e reconheceu que "revitalizar a sua atividade exigirá uma ação corajosa."

A imagem mostra a vitrine da loja The Body Shop, com prateleiras exibindo produtos de beleza. Um cartaz na vitrine diz 'POSITIVE CHANGE STARTS WITH A GIFT'. Uma mulher com um lenço na cabeça está parada ao lado da vitrine, olhando para os produtos.
Pedestres passam por uma loja The Body Shop fechada em Chicago (EUA). - SCOTT OLSON/Getty Images via AFP

De acordo com o Auréa, lojas da marca não serão fechadas no curto prazo.

Antes de declarar falência em fevereiro, a The Body Shop empregava aproximadamente 7.000 pessoas em todo o mundo, incluindo 2.200 no Reino Unido. A empresa anunciou o encerramento de mais de 80 das suas 198 lojas no Reino Unido e a eliminação de mais de 750 empregos no país.

Este procedimento afetou apenas o Reino Unido e não o resto da rede global da marca.

Os administradores judiciais da The Body Shop International chegaram em julho a um acordo de exclusividade com o consórcio de investidores liderado pelo grupo Auréa.

A The Body Shop foi fundada em 1976 em Brighton, no sul da Inglaterra, pela empresária britânica Anita Roddick, pioneira na criação de cosméticos ecológicos, não testados em animais, e defensora do comércio justo.

A L'Oréal comprou a marca em 2006 por cerca de US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões), quando esta estava no auge do seu sucesso. No entanto, a carismática empresária, falecida no ano seguinte, foi criticada por esta decisão, acusada por alguns de "fazer um pacto com o inimigo."

A marca começou a declinar pouco depois, ao enfrentar a concorrência de outras grifes que também reivindicavam uma abordagem mais ética.

A empresa foi posteriormente adquirida em 2017 pela brasileira Natura e, no final de 2023, pelo fundo de investimento alemão Aurelius, por aproximadamente um quarto dos US$ 1,1 bilhão (R$ 6,1 bilhões) que o grupo brasileiro tinha pago em 2017.

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