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EUA preparam Orçamento com cortes de US$ 1,1 tri em dez anos
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O governo americano prepara um Orçamento para o exercício 2012 que prevê recorde de US$ 1,1 trilhão (R$ 1,8 trilhão) em cortes em dez anos, anunciou neste domingo o diretor de Orçamento da Casa Branca.
"É um Orçamento muito difícil. O Orçamento economiza US$ 1,1 trilhão para os próximos dez anos", declarou Jacob Lew, confirmando assim uma informação divulgada no domingo pela imprensa americana. "O desafio que enfrentamos é o de viver segundo nossos meios e investindo no futuro", acrescentou.
Lew afirmou que os investimentos previstos no Orçamento se concentrarão especialmente na educação, com previsão de que nove milhões de estudantes possam ir para a universidade.
Para poder realizar estes cortes e financiar os novos programas, a administração congelará certos gastos ao longo de cinco anos, conforme anunciou Obama em janeiro, durante seu discurso sobre o Estado da União. Os impostos também devem subir.
"Nós estamos reduzindo programas que são importantes e com os quais nos importamos e nós estamos fazendo o que todas as família fazem quando senta ao redor da mesa da cozinha: nós estamos fazendo as escolhas sobre o que precisamos para o futuro", disse Lew.
O governo de Obama publicará esta segunda seu projeto de lei orçamentária para o exercício 2012, que dará uma ideia de sua vontade de reduzir o deficit dos Estados Unidos, a poucos dias de uma reunião ministerial do G20.
A Casa Branca considera o Orçamento como um ponto de partida para um debate sobre os gastos e redução do deficit, previsto para chegar a US$ 1,48 trilhão neste ano fiscal --ou 9,8% do PIB dos EUA. Isso significaria uma baixa dos 10% do PIB de deficit em 2010, mas ainda muito elevado para os EUA historicamente.
O ano fiscal de 2012 começa em 1º de outubro.
A Casa Branca pretende obter dois terços dos US$ 1,1 trilhão em economias de gastos e outro um terço de impostos. Esse número é superior aos US$ 400 bilhões em economia que Obama prometeu em seu discurso do Estado da União em 25 de janeiro.
"O desafio que temos é de viver dentro de nossas possibilidades, mas também investir no futuro", disse Lew, acrescentando que medidas difíceis terão de ser tomadas para alcançar esse objetivo.
Os republicanos não ficaram impressionados. Paul Ryan, da Comissão do Orçamento na Câmara, criticou as medidas de cortes como não suficientes. "Isso se parece com os orçamentos que ele [Barack Obama] nos deu nos dois últimos anos", afirmou, em entrevista neste domingo à Fox News.
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