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05/04/2011 - 16h46

Justiça rejeita recurso de Yunus, o 'banqueiro dos pobres'

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DA EFE, EM NOVA DÉHLI (ÍNDIA)

A Suprema Corte de Bangladesh rejeitou nesta terça-feira um dos recursos apresentados contra a destituição do Prêmio Nobel da Paz Muhammad Yunus à frente do banco de concessão de microcrédito Grameen Bank (GB), do qual é fundador.

Um painel composto por sete magistrados e presidido pelo chefe do Supremo, Khairul Haque, desprezou o recurso apresentado pelo próprio Yunus, mas deixou para amanhã a decisão sobre outro interposto por um grupo de nove diretores do GB não nomeados pelo governo, segundo a imprensa bengalesa.

Desta forma, o Supremo de Bangladesh ratificou a ordem emitida no início de março pelo Banco de Bangladesh (o banco central do país), que alegou que quando Yunus renovou seu cargo de diretor-executivo há 11 anos não contou com a necessária aprovação prévia do organismo central.

O economista e seu banco haviam apelado previamente ao Tribunal Superior de Daca, que rejeitou os dois recursos em 8 de março.

Fontes de sua entidade consideram que a decisão de afastar Yunus da chefia do GB obedece a uma manobra do governo para se desfazer do ativista, submetido nos últimos meses a uma campanha de desprestígio.

Desde o fim de 2010, Yunus, conhecido como "banqueiro dos pobres" e agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2006, manteve uma disputa pública com as autoridades devido a um documentário da uma emissora norueguesa que denunciou uma suposta transferência ilegal de fundos entre duas entidades do Grupo Grameen.

POLÍTICA

A cena política bengalesa é dominada há duas décadas pela atual primeira-ministra, Sheikh Hasina, e a agora opositora Khaleda Zia, duas herdeiras de dinastias políticas que viram com maus olhos que Yunus tentasse abrir uma terceira via com a formação de um partido antes das eleições de 2008.

O Grameen Bank ("banco da aldeia"), criado em 1983, emprega hoje 19.800 pessoas em 2.564 filiais e concedeu créditos a quase 8,3 milhões de bengaleses de 81.367 aldeias de todo o país, a imensa maioria mulheres, segundo o site da entidade.

 

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