Kennedy Alencar: Reação italiana irrita Lula

A reação italiana em um tom intimidatória contribuiu muito para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidisse manter Cesare Battisti no Brasil. A avaliação é de Kennedy Alencar, colunista e repórter especial da Folha em Brasília.

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Segundo ele, Lula não tem simpatia pessoal por Battisti e sabe que o tema causa certo desgaste internacional. No fundo, diz Alencar, preferia ter evitado essa decisão. Mas o caso ganhou destaque internacional.

Kennedy Alencar

"A Itália colocou a faca no pescoço do Brasil, e Lula, no apagar das luzes de seu governo, resolveu fazer um agrado a um público da esquerda tradicional petista que acha a sua administração muito moderada",
comenta o colunista.

Como o STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitou o pedido de refúgio feito pelo então ministro Tarso Genro (Justiça), o italiano Battisti vira imigrante no Brasil e precisa entrar com o pedido de visto junto ao Ministério do Trabalho.

Caberá agora ao STF emitir um alvará de soltura de Battisti, preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília.

Condenado na Itália à prisão perpétua por quatro assassinatos --Antonio Santoro, Lino Sabbadin, Andrea Campagna e Pierluigi Torregiani--, Battisti está detido no Brasil desde 2007.

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