Equipe de Obama nega permanência do secretário de Defesa de Bush
A equipe de transição do presidente eleito, Barack Obama, negou boatos, nesta terça-feira, sobre a permanência do atual secretário da Defesa, Robert Gates, no novo governo.
O co-presidente da equipe de transição democrata, John Podesta, disse à imprensa que Obama tem "um grande respeito" por Gates, mas que vai esperar as conclusões de seus especialistas, que analisam as operações realizadas pelo Departamento da Defesa.
Lawrence Jackson/AP |
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O secretário de Defesa, Robert Gates, é um dos nomes especulados para Defesa |
Gates foi elogiado tanto no Partido Republicano quanto no Democrata por seu papel desde que assumiu o cargo, em 2006. O jornal "The Wall Street Journal" afirmou em reportagem publicada nesta terça-feira (11) que Obama está disposto a pedir que Gates, permaneça no cargo por ao menos um ano depois que ele assumir a Presidência do país.
Gates, assim como Obama, defende o envio de mais tropas ao Afeganistão. No entanto, ele é contra o cumprimento de um cronograma de retirada de militares do Iraque. Logo, se Obama realmente decidir manter Gates no cargo, será um indício de que ele irá adiar uma promessa de campanha, a de retirar as tropas do Iraque até 2010.
Conforme o "WSJ", porém, assessores de Gates dizem que ele está ansioso pelo fim do seu mandato; que "fala freqüentemente em deixar o Pentágono em janeiro para retornar para um refúgio no Estado de Washington"; e que "carrega um chaveiro eletrônico com o número de dias para o fim do governo Bush".
Mesmo assim, ainda de acordo com o jornal, a especulação é a de que Gates aceitaria a proposta, caso ela fosse concretizada. "Por que Obama não o manteria? Ele nunca foi um republicano registrado", disse o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, no fim de semana passado, em entrevista à rede de TV CNN.
Nomes democratas que estão ligados ao ex-presidente e democrata, Bill Clinton (1993-2001), também são cotados para o posto. Entre eles estão Richard Danzig, secretário de Marinha no governo Clinton, e John Hamre, vice-secretário de Defesa de Clinton.
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