Chile diz que buscará extradição de sequestrador de Washington Olivetto
O presidente chileno, Sebastián Piñera, confirmou neste sábado que seu governo fará "o necessário" pela extradição de Mauricio Hernández Norambuena, ex-militante da Frente Patriótica Manuel Rodríguez e que participou no Brasil do sequestro do publicitário Washington Olivetto, em 2001.
Paulo Whitaker/Reuters |
O chileno Mauricio Hernández Norambuena, de camisa amarela, é levado preso por policiais em São Paulo (SP) |
No Chile, Hernández é condenado por ser autor intelectual do assassinato do senador Jaime Guzmán, em 1991. Atualmente, ele cumpre pena de 30 anos pelo crime contra o brasileiro na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).
"Nós vamos fazer tudo o que for necessário para que os que assassinaram o senador Jaime Guzmán enfrentem a Justiça", prometeu Piñera, ao voltar a abordar o caso, após Hernández conceder uma entrevista ao canal Chilevisión.
Ontem, o ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, anunciou a realização das gestões para tramitar a possível extradição com as autoridades pertinentes do Brasil.
Em entrevista ao canal de TV, o chileno reconheceu a autoria da Frente Patriótica Manuel Rodríguez no assassinato de Guzmán, e garantiu que o governo de Patricio Aylwin (1990-1994), o primeiro após o retorno da democracia, sabia do atentado, o que foi categoricamente negado pelo ex-líder.
Guzmán fundou o partido União Democrata Independente (UDI), estreitamente ligado à ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Por este crime e pelo sequestro de Cristián Edwards, filho do proprietário do conglomerado jornalístico El Mercurio, Hernández é condenado à dupla prisão perpétua no Chile.
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