Ataque a bomba atribuído ao ELN mata cinco militares no leste da Colômbia

Explosão perto da fronteira com a Venezuela acontece após guerrilha prometer trégua em eleição

Braçadeira de guerrilheiro do Exército de Libertação Nacional formado em exercício militar em Chocó, na Colômbia
Braçadeira de guerrilheiro do Exército de Libertação Nacional formado em exercício militar em Chocó, na Colômbia - Luis Robayo - 1.out.2017/AFP
Bogotá | AFP e Reuters

Cinco militares morreram e dez ficaram feridos nesta terça-feira (27) em um ataque a bomba atribuído a uma frente do Exército de Libertação Nacional (ELN) em Tibú, cidade colombiana perto da fronteira com a Venezuela.

A ação ocorreu 24 horas depois de a guerrilha ter anunciado uma trégua unilateral entre 9 e 13 de março, próximo à eleição parlamentar. As negociações de paz com o governo, porém, estão suspensas desde janeiro.

Os soldados foram atingidos enquanto se deslocavam em caravana e os explosivos foram detonados na passagem do primeiro veículo. Os feridos foram levados a hospitais de Cúcuta, no departamento de Norte de Santander.

O comandante do Exército colombiano, Ricardo Gómez, atribuiu a autoria à frente Juan Fernando Porras Amaya, que amplia sua presença na região fronteiriça. A guerrilha não reivindicou o ataque até a publicação deste texto.

O presidente Juan Manuel Santos condenou a ação e prometeu buscar os responsáveis. O ELN reforçou suas ações armadas após o fim de um cessar-fogo bilateral, em 10 de janeiro. A mais grave matou oito policiais em um posto de Barranquilla.

Na contraofensiva, as Forças Armadas também capturaram ou mataram dezenas de supostos guerrilheiros. Em função dos atentados contra a Polícia, Santos congelou os diálogos iniciados há um ano com o ELN em Quito.

Além disso, o Exército denunciou que vários dos líderes insurgentes se refugiam na Venezuela e que, inclusive, vários venezuelanos estão sendo recrutados pelo ELN em meio à severa crise econômica que atinge seu país.

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