Um aumento nos ataques por parte do governo sírio e de seus aliados matou 98 pessoas no reduto rebelde de Ghouta Oriental nas últimas 24 horas, afirmou uma ONG ligada à oposição nesta segunda-feira (19).
Os ataques aéreos nos subúrbios de Damasco também deixaram 325 feridos, afirmou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que monitora o conflito desde seu início, em 2011.
O Exército sírio não comentou. O governo do ditador Bashar al Assad afirma que tem por alvo apenas militantes.
A ONU afirma que cerca de 400 mil pessoas moram em Ghouta Oriental, um conjunto de cidades satélites e fazendas sob cerco do governo desde 2013.
O observatório, baseado no Reino Unido, afirma que a escalada das tensões na região teve início no domingo e que os mortos incluíram 14 crianças.
O serviço de defesa civil afirmou que ataques mataram 20 pessoas e feriram dezenas apenas na cidade de Hammouriyeh nesta segunda.
As forças militares de Assad ganharam ímpeto no conflito depois que aviões de guerra russos entraram a seu lado em 2015, expulsando rebeldes das cidades maiores e recuperando a maior parte das zonas centrais e do leste da Síria do Estado Islâmico.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse nesta segunda que Moscou "poderia empregar nossa experiência em liberar Aleppo para a situação em Ghouta Oriental".
Wael Olwan, porta-voz da facção rebelde Failaq al-Rahman, em Ghouta Oriental, disse que o bombardeio foi pesado durante todo o dia.
"Não houve incursão terrestre e confrontos, mas há muitos bombardeios", afirmou.
Na semana passada, a ONU afirmou que a Síria está vivendo uma das piores fases do conflito, que entra no seu oitavo ano. Centenas de milhares de pessoas já morreram e milhões fugiram de suas casas.
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