Dois jornalistas são sequestrados na fronteira do Equador com a Colômbia 

Região enfrenta briga de ex-guerrilheiros e ex-paramilitares pelo controle do narcotráfico

O ministro equatoriano do Interior, César Navas, segura microfone ao lado de um oficial militar durante entrevista coletiva em uma sala do ministério em Quito; ao fundo, uma bandeira equatoriana pendurada em um mastro
O ministro equatoriano do Interior, Cesar Navas, fala com a imprensa após o sequestro de dois jornalistas e um motorista do jornal El Comercio perto da fronteira com a Colômbia - REUTERS
Quito | AFP

Dois jornalistas e um motorista do jornal equatoriano El Comercio foram sequestrados nesta segunda-feira (26) nas proximidades da fronteira com a Colômbia, que desde o início do ano passa por confrontos de grupos armados.

Eles foram capturados enquanto circulavam por Mataje, na província de Esmeraldas. Nesta terça (27), o ministro equatoriano do Interior, César Navas, disse que os sequestradores já fizeram contato e o grupo está bem.

Nem o governo nem o jornal deram detalhes de quem teria sequestrado os repórteres e o motorista. Navas afirmou que eles foram alertados por soldados do Exército sobre os riscos de circular pela região conflagrada.

As Forças Armadas equatorianas enfrentam na fronteira uma ofensiva de um grupo de dissidentes da ex-guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que estaria por trás de ataques com explosivos.

O grupo disputa com paramilitares desmobilizados e cartéis o controle do tráfico de drogas na região. O governo do Equador atribuiu os ataques a uma represália à campanha de apreensão de drogas, armas e prisões.

Os ex-guerrilheiros são acusados de atacarem em janeiro uma base militar equatoriana em San Lorenzo, perto de Mataje, e de explosões contra alvos militares —a última registrada nesta segunda-feira (26) na mesma região.

Depois dessa ofensiva, os presidentes do Equador, Lenín Moreno, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, concordaram em fortalecer a colaboração de suas Forças Armadas para combater o “crime transnacional”.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.