Expulsão de diplomatas russos e britânicos ecoa caso de 2009

Otan expulsou representantes russos sob acusação de espionagem após guerra na Geórgia

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Bandeira tremula ao lado de árvores em frente ao prédio da embaixada da Rússia em Londres
Bandeira tremula em frente ao prédio da embaixada da Rússia em Londres; crise diplomática com Reino Unido levou à saída de 23 representantes - Justin Tallis - 15.mar.2018/AFP
Moscou

O caso espelha o dos 23 diplomatas britânicos que terão de deixar a Rússia, na retaliação de Moscou às acusações feitas pelo Reino Unido após o envenenamento do ex-agente duplo Serguei Skripal e de sua filha, no início de março.

Em maio de 2009, o diplomata canadense Mark Opgenorth chegou para trabalhar na representação da Otan em Moscou. Foi chamado pela chefe. "Ela me avisou que eu tinha de ir embora", conta ele, hoje com 46 anos.

O diplomata havia entrado em uma das periódicas retaliações entre a Rússia e o Ocidente.

No fim de abril daquele ano, com a tensão alta devido à guerra entre russos e georgianos em agosto do ano anterior, a aliança militar ocidental decidira expulsar dois diplomatas sob acusação de espionagem em Bruxelas.

Um deles era Vasili Chijov, filho do então embaixador russo na União Europeia. Moscou ficou furiosa, negou as acusações e pediu duas cabeças da Otan na capital.

Uma foi a de Opgenorth; outra, a de sua superior, Isabelle François, também canadense.

Ele nem sequer foi acusado de espionagem. Como o chanceler Serguei Lavrov disse à época, eram apenas nomes na lista de civis. "Na verdade, foi meio que uma promoção. Voltei a Bruxelas numa situação melhor", conta Opgenorth.

O diplomata conta já ter voltado à Rússia depois do episódio. "Só não posso trabalhar lá. Não houve nenhuma ameaça ou pressão. Os tempos eram outros."

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