Marcha contra a liberação do aborto reúne 10 mil na Irlanda

Irlandeses votam, em maio, se desejam afastar emenda constitucional que proíbe a prática

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Mulheres irlandesas marcharam na quinta (8) a favor da flexibilização da lei sobre aborto no país - Clodagh Kilcoyne/Reuters

 
São Paulo | Reuters

Pelo menos 10 mil pessoas marcharam em Dublin, na Irlanda, neste sábado (10) contra os planos do governo irlandês de flexibilizar a lei contra o aborto. O país tem uma das legislações mais rígidas do mundo sobre o assunto.

Em maio, os eleitores votam em referendo se desejam afastar a oitava emenda constitucional da Irlanda, de 1983, que determina que mãe e feto têm igual direito à vida. Caso a emenda seja repelida, caberá ao parlamento inglês regular o assunto.

O governo afirmou que começou a preparar uma nova legislação, alinhada com as recomendações de um comitê parlamentar de diversos partidos, que permitiria interrupções de gravidez sem restrições até as 12 semanas de gestação.

No maior protesto da campanha contra o aborto até agora, manifestantes marcharam pela capital do país neste sábado com pôsteres com fotos de fetos abortados e dizeres "pró-vida". A rádio irlandesa RTE estimou que dezenas de milhares participaram da marcha. 

"Se a oitava emenda for repelida, a Irlanda será destruída", disse John O'Leary, desempregado de 50 anos segurando um pôster com a imagem de São Patrício, patrono da Irlanda.

No Dia Internacional da Mulher, na quinta-feira (8), mulheres irlandesas foram às ruas para pedir que a emenda seja repelida.

Em janeiro, pesquisas na Irlanda mostravam que 50% dos eleitores apoiam o aborto em até 12 semanas de gestação, 30% seriam contra e os demais não tinham opinião. 

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