Ataque a faca em mesquita deixa um morto e dois feridos na África do Sul

Polícia ainda investiga motivos dos criminosos; os sobreviventes estão em estado grave

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Verulam (África do Sul) | AFP

Um grupo armado com facas e pistolas atacou uma mesquita na periferia de Durban, no leste da África do Sul, deixando uma pessoa morta e duas feridas em estado grave nesta quinta-feira (10).

Após a oração do meio-dia, três homens entraram em uma mesquita da cidade de Verulam, na periferia de Durban, e atacaram um imã, um fiel e um porteiro, de acordo com testemunhas .

"Amarraram o imã, fizeram ele se ajoelhar e cortaram seu pescoço", disse Paul Herbst, porta-voz do serviço de emergência que atendeu o caso. "O imã foi decapitado e morreu há alguns minutos. Os outros dois estão em condição crítica", afirmou.

Policias e equipes médicas em frente a mesquita onde ocorreu o ataque, próximo da cidade de Durban, na África do Sul
Policias e equipes médicas em frente a mesquita onde ocorreu o ataque, próximo da cidade de Durban, na África do Sul - Rajesh Jantilal/AFP

As duas outras vítimas foram esfaqueadas, uma no abdômen e outra na axila, segundo ele. Informações iniciais diziam que elas tiveram a garganta cortada, mas isso não foi confirmado pelas autoridades até o momento.

A polícia também não quis comentar informações divulgadas pela imprensa local de que os três criminosos eram egípcios.  

Antes de fugirem em um carro, os agressores ainda lançaram uma bomba caseira na mesquita, que pegou fogo parcialmente —o incêndio já foi controlado.

Prem Balram, representante de uma empresa de segurança privada que auxiliou a mesquita, disse que ao chegar ao local encontrou duas vítimas cobertas de sangue na entrada e uma terceira pessoa que tinha sido atacada dentro do prédio.

"Foi um ataque repentino", disse ele à agência de notícias AFP.

O presidente da Rede Muçulmana da África do Sul, Faizel Suliman, disse que iria aguardar informações oficiais antes de comentar as causas do ataque.

"Não se sabe se a motivação é criminosa, se é uma história de amor que evoluiu mal ou se foi por uma razão religiosa", acrescentou. "É a primeira vez que algo assim acontece na África do Sul."

Um porta-voz da polícia, Nqobile Gwala, disse à AFP  que o caso já começou a ser investigado, mas que os motivos ainda não foram esclarecidos.

O ataque aconteceu na semana anterior ao início do Ramadã, o mês sagrados do islamismo. A África do Sul, que tem 1,5% de muçulmanos entre seus 53 milhões de habitantes, não costuma sofrer ataques terroristas.

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