O presidente russo Vladimir Putin negou nesta sexta-feira (25) a ligação das Forças Armadas do país com o míssil que derrubou o avião do voo MH17 da Malaysia Airlines em 2014 na Ucrânia, deixando 298 mortos.
Uma investigação conduzida por analistas da Holanda e da Austrália, entre outros países, disse nesta quinta (24) que o artefato que atingiu o Boeing 777 pertencia a uma brigada militar russa.
Questionado em um evento em São Petersburgo nesta sexta, Putin disse que "é evidente" que o míssil não é russo.
Ele também afirmou que não pode confiar nos resultados da investigação porque o grupo não aceitou a participação de especialistas russos.
Afirmando que o caso foi uma "terrível tragédia", Putin colocou a culpa pelo episódio nos militares ucranianos.
A aeronave foi atingida em 17 de julho de 2014 quando sobrevoava uma área do território ucraniano disputada por tropas leais a Kiev e por rebeldes separatistas ligados a Moscou.
A equipe que cuida do caso já tinha afirmado que o míssil era de fabricação russa, mas não tinha ainda não tinha conseguido confirmar quem era o dono do foguete.
Nesta quinta, os investigadores revelaram que o míssil BUK-Telar que derrubou a aeronave veio da 53ª Brigada de Mísseis Antiaéreos com base em Kursk, na Rússia.
A aeronave havia decolado de Amsterdã e seguia para Kuala Lumpur, na Malásia. Os 298 passageiros e membros da tripulação —que incluem holandeses, australianos, britânicos, malaios e indonésios— morreram na tragédia.
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