O departamento de polícia de Paris anunciou nesta sexta-feira (22) que os "coletes amarelos" não poderão se manifestar neste sábado (23) na Champs-Elysées, em Paris, e em um perímetro que inclui o Palácio do Eliseu e a Assembleia Nacional.
A proibição acontece seis dias após manifestantes saquearem lojas e provocarem incêndios na famosa avenida da capital francesa. Só em Paris, 151 pessoas foram detidas, e 27 sofreram ferimentos.
Os protestos, organizados por opositores às políticas do presidente Emmanuel Macron, vêm ocorrendo há 19 sábados.
"Há sérios motivos para acreditar que violência e degradação devem ocorrer novamente durante os protestos anunciados", afirma o decreto assinado pelo novo chefe da polícia de Paris, Didier Lallement, cujo antecessor foi demitido no sábado passado.
O governo francês havia anunciado na segunda-feira a proibição de manifestações em várias partes do país devido os violentos distúrbios na Champs-Elysées. Joalherias e lojas saqueadas, restaurantes e bancos incendiados, confrontos entre manifestantes e policiais.
As imagens de violência na avenida parisiense causaram indignação e fizeram lembrar as cenas de caos de dezembro, quando o Arco do Triunfo foi vandalizado.
As seguradoras avaliaram os prejuízos de quatro meses de protestos, sem contar os de sábado, em 170 milhões de euros (cerca de R$ 751,6 milhões).
Os protestos contra a alta dos combustíveis e pela melhora do poder aquisitivo começaram em 17 de novembro sem tons políticos e sem apoio de sindicatos.
Mas o movimento logo se tornou a pior crise social para o presidente Macron desde sua chegada ao poder, em maio de 2017.
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