Pelo menos 19 pessoas que trabalhavam para diferentes agências ou organizações afiliadas à ONU (Organização das Nações Unidas) estão entre os 157 mortos no acidente de avião da Ethiopian Airlines ocorrido neste domingo (10) nas proximidades de Addis Abeba.
"Segundo as primeiras indicações, 19 membros de organizações afiliadas à ONU morreram", disse o diretor da OIM (Organização Internacional para as Migrações), Antonio Vitorino, em um comunicado em Genebra. "A tragédia está afetando profundamente toda a família da ONU", disse ele.
Além da OIM, o Programa Alimentar Mundial, o Gabinete do Alto Comissário para os Refugiados (Acnur), a União Internacional de Telecomunicações (UIT), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e o Banco Mundial perderam funcionários, informou Vitorino.
"Intérpretes independentes", que participariam de uma conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente, marcada para 11 e 15 de março em Nairóbi (Quênia), também estavam no avião. De acordo com uma fonte ouvida pela AFP, pelo menos 12 pessoas se encaixavam neste perfil.
O avião da Ethiopian Airlines, modelo Boeing 737 MAX 8, caiu seis minutos depois de decolar de Addis Ababa com destino a Nairóbi, onde a conferência da ONU é realizada.
Informar o número exato de profissionais da ONU no voo, segundo as autoridades, é difícil neste momento, já que alguns informaram as Nações Unidas de seus planos de viagem, enquanto outros não o fizeram —e nem todos usaram os passaportes diplomáticos para viajar.
Em comunicado, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que estava "profundamente entristecido pela trágica perda de vidas" e que prestava condolências à Etiópia e aos parentes do falecido.
"As Nações Unidas estão em contato com as autoridades etíopes e trabalham em estreita colaboração com elas para estabelecer os detalhes do pessoal da ONU que perdeu suas vidas na tragédia."
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