Descrição de chapéu Governo Trump

Casa Branca nega incitar violência contra congressista muçulmana

Trump publicou vídeo em que associa Ilhan Omar ao atentado de 11 de setembro

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retrato de Ilhan Omar, nascida na Somália, que usa um véu muçulmano na cor branca
Ilhan Omar, deputada pelo estado de Minnesota, é a primeira mulher muçulmana a ser eleita para a Câmara americana - Leah Mills - 13.mar.2019/Reuters
Washington | AFP

A porta-voz de Donald Trump, Sarah Sanders, defendeu o presidente neste domingo (14) das acusações de incitar a violência contra a deputada muçulmana Ilhan Omar após compartilhar em suas redes sociais um vídeo em que associa a imagem dela aos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001

A gravação mostra uma montagem de imagens dos ataques às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, com um extrato de um discurso de Omar em que a democrata diz que "algumas pessoas fizeram algo" ao se referir ao episódio —o contexto, porém, não fica claro. 

Sanders afirmou à emissora ABC que "certamente o presidente não deseja nada de ruim nem violência contra ninguém". 

"São repugnantes os comentários que [Omar] continua fazendo e que já fez, e os democratas olham para o outro lado", disse. 

A declaração da Casa Branca ocorreu após a presidente da Câmara dos Deputados americana, Nancy Pelosi (Partido Democrata), afirmar que havia contatado as autoridades com preocupações sobre a segurança de Omar.

"As palavras do presidente pesam uma tonelada, e toda a sua retórica incendiária de ódio cria um perigo", disse Pelosi durante uma viagem oficial. 

Ela também insistiu que Trump deletasse sua publicação, que já tem 9,7 milhões de visualizações.

Omar tem sido alvo de polêmicas desde que foi divulgado um vídeo em que ela, a falar sobre o atentado de 2001, afirma que não o caracterizava dessa forma —momento em que ela diz " algumas pessoas fizeram algo".

A declaração foi vista por alguns como uma tentativa de minimizar o atentado com o maior número de mortes da história dos Estados Unidos. 

Democratas criticaram o post de Trump, publicado na sexta-feira (12), e o acusaram de tirar do contexto a fala da congressista. 

Em resposta ao presidente americano, Omar disse que tinha recebido várias ameaças de morte e que esperava que os "líderes dos dois partidos se unam a mim em condenar [essa incitação à violência]".

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