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Departamento de Justiça quer interrogar agentes da CIA que investigaram interferência russa, diz jornal

Pasta conduz reexame de inquérito da agência que concluiu que Moscou favoreceu Trump em 2016

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The New York Times

O Departamento de Justiça americano planeja interrogar agentes da CIA durante o reexame do inquérito sobre a interferência da Rússia nas eleições presidenciais dos EUA de 2016, relata o jornal americano New York Times. 

Em dezembro daquele ano, uma investigação da agência de inteligência dos EUA concluiu que autoridades do governo russo utilizaram hackers e ferramentas digitais para influenciar o resultado do pleito e favorecer Donald Trump.

O presidente americano determinou, no fim de maio, a quebra do sigilo dos documentos relacionados ao inquérito para que o Departamento de Justiça, sob comando de seu aliado, William Barr, reexaminasse o trabalho da agência.

Gina Haspel, diretora da CIA, testemunha no Comitê de Inteligência do Senado americano no fim de janeiro
Gina Haspel, diretora da CIA, testemunha no Comitê de Inteligência do Senado americano no fim de janeiro - Win McNamee - 29.jan.19/Getty Images/AFP

A pasta planeja entrevistar um oficial sênior de contra inteligência e um analista sênior, ambos envolvidos no inquérito sobre a Rússia. 

Embora a iniciativa do Departamento de Justiça não seja um inquérito criminal, ela tem elevado a tensão entre os funcionários da agência, que questionam as justificativas legais para submeter o trabalho da CIA ao escrutínio da pasta.

Nenhum pedido oficial de entrevista com agentes da CIA foi feito até o momento, mas pessoas envolvidas no trabalho do departamento afirmam que é uma questão de tempo. 

A diretora da CIA, Gina Haspel, afirmou a seus subordinados que a agência vai cooperar com o Departamento de Justiça, mas também buscará proteger informações sensíveis de inteligência que, se reveladas, poderiam comprometer fontes, revelar os métodos de trabalho da CIA ou divulgar dados repassados por aliados dos EUA. 

Oficiais ligados ao Departamento de Justiça confirmaram que o reexame não é um inquérito criminal, mas que, caso sejam encontradas provas de ilegalidades, o encarregado pode levá-las adiante e denunciar os suspeitos. 

Stephen E. Boyd, um dos assessores de Barr, afirmou que o reexame era um esforço de colaboração com as agências de inteligência. 

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