O desejo do vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, de formar uma grande coalizão da direita radical dentro do Parlamento Europeu sofreu um duro golpe nesta quarta-feira (5), quando partidos da Polônia e do Reino Unido anunciaram que não farão parte da empreitada.
Jaroslaw Kaczynski, líder do Lei e Justiça, partido que comanda a Polônia, afirmou que não entrará na coalizão porque Salvini e seus aliados têm posição pró-Rússia —Varsóvia e Moscou têm uma rivalidade histórica.
"Quando falamos do sr. Salvini, temos um problema, ele quer criar um novo grupo com siglas que não estamos aptos a aceitar", afirmou Kaczynski à rádio Wnet.
Já Nigel Farage, líder do britânico Partido do Brexit, afirmou apenas que não fará parte do grupo e que seu objetivo é que ele nem mesmo precise entrar no Parlamento Europeu, já que a prioridade da sigla —como diz seu nome— é tirar o país da União Europeia.
Os dois partidos foram os primeiros colocados em seus países durante a eleição para o Parlamento Europeu realizada no fim de maio, na qual a ultradireita cresceu menos do que o esperado.
O problema é que essas siglas estão espalhadas em diferentes coalizações pela Europa, e o italiano tentava unificar dez delas dentro da Aliança Europeia de Povos e Nações.
Além da Liga, sigla de Salvini, a coalizão já conta com o apoio da francesa Reunião Nacional, de Marine Le Pen, e da AfD (Alternativa para a Alemanha), entre outros, mas tem encontrado dificuldade para atrair outros grupos.
O premiê da Hungria, Viktor Orbán, também já indicou que não pretende entrar na nova aliança.
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