Dezenas de milhares de pessoas se reuniram em Hong Kong neste sábado (20) para manifestar seu apoio à polícia e ao governo pró-Pequim da ex-colônia britânica.
Organizadores afirmaram que 316 mil estiveram presentes —segundo a polícia, porém, o cálculo ficou em 103 mil.
Os manifestantes pedem o fim da violência depois da onda de protestos contra um projeto de lei de extradição, motivo de confrontos entre a polícia e os ativistas.
O grupo, composto por uma maioria mais velha e vestida de branco, carregava bandeiras da China e entoava slogans como “apoie a polícia de Hong Kong”.
Uma frota de cerca de dez embarcações circulou pelo porto Victoria, próximo à manifestação, com cartazes em que se lia “estamos todos no mesmo barco” e “desista do combate, lute por Hong Kong”.
A população mais velha de Hong Kong se sente especialmente próxima da China —já o sentimento de valorização da identidade local é mais forte entre jovens.
Segundo a última pesquisa divulgada pela Universidade de Hong Kong, mais da metade da população se identifica como honconguesa, enquanto cerca de 10% se considera chinesa.
O protesto pró-Pequim acontece um dia antes de outra manifestação marcada contra o governo e o projeto, agora suspenso, que permitiria que cidadãos de Hong Kong fossem enviados à China para serem julgados.
Os ativistas querem a retirada total do projeto e também a renúncia da chefe-executiva do território, Carrie Lam.
Hong Kong é uma ex-colônia britânica e retornou a domínio chinês em 1997 sob o arranjo “um país, dois sistemas”, que permite manter certo grau de autonomia.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.