A Promotoria de Minnesota ampliou a acusação contra Derek Chauvin, que sufocou George Floyd, e imputou ao ex-policial nesta quarta (3) homicídio de segundo grau, que na lei brasileira equivale ao homicídio doloso.
Assim, Chauvin poderá pegar até 40 anos de prisão, 15 a mais do que previa sua acusação anterior, de homicídio de terceiro grau (sem intenção de matar).
Agora, o ex-agente será acusado de homicídio com intenção de matar, mas não premeditado.
Os outros três policiais envolvidos na abordagem de Floyd, Thomas Lane, J. Alexander Kueng e Tou Thao, foram indiciados como cúmplices de homicídio.
Floyd, que tinha 46 anos, foi morto na segunda-feira (25) em Minneapolis, no estado de Minnesota, depois de ter o pescoço prensado contra o chão por quase nove minutos pelo joelho de Chauvin, um policial branco. Os outros agentes ajudaram a segurá-lo.
Floyd havia sido detido após uma denúncia de que tentou fazer compras com uma nota falsa de US$ 20. A ação, gravada por testemunhas, viralizou nas redes sociais e mobilizou o país. Os quatro policiais foram demitidos.
Chauvin, que já foi alvo de 18 inquéritos disciplinares, dos quais 16 foram encerrados sem nenhum tipo de punição, foi preso na sexta-feira (29) e transferido para uma prisão de segurança máxima, onde espera julgamento.
Sua detenção não arrefeceu os protestos, que seguem sendo realizados há oito dias em dezenas de cidades dos EUA e também no exterior, em cidades como Londres, Amsterdã e Barcelona. Os atos pedem o fim do racismo e da violência policial.
Os protestos começaram pacíficos. À medida que se alastraram pelo país, no entanto, houve inúmeros embates entre policiais e manifestantes, e lojas foram incendiadas e saqueadas, gerando críticas duras aos ativistas, como as do presidente Donald Trump, que os tem chamado de "bandidos" .
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