Prefeita de Bogotá pede reconciliação após 10 morrerem em protestos

Claudia López apela para que polícia seja transformada em organização civil

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Bogotá | Reuters

A prefeita de Bogotá, Claudia López, pediu perdão e reconciliação neste domingo (13), depois que os protestos na capital da Colômbia deixaram dez civis mortos e centenas de feridos.

Manifestantes em Bogotá e na cidade satélite de Soacha protestaram nesta semana contra a morte de Javier Ordonez, que tinha 46 anos, na última quarta-feira (9).

Um vídeo amplamente compartilhado mostrou o pai de dois filhos sendo repetidamente alvejado pela polícia com uma arma de choque. Ele morreu mais tarde no hospital.

"Estamos aqui hoje para pedir perdão a todas as vítimas da brutalidade policial", disse a prefeita, durante um evento televisionado para homenagear as vítimas dos protestos.

A prefeita de Bogotá, Claudia López, fala em evento
A prefeita de Bogotá, Claudia López, fala em evento - Gabinete da Prefeitura de Bogotá via Reuters

Sete jovens, incluindo adolescentes, morreram após serem baleados em Bogotá nos protestos na quarta. Na noite de quinta (10), outras três pessoas faleceram em conexão com os atos, incluindo uma mulher que foi atropelada por um ônibus público roubado. Na cidade de Soacha, mais três óbitos.

"Pedimos de todo o coração que se faça justiça, porque sabemos de outros incidentes semelhantes que ficaram impunes e não queremos que o mesmo aconteça com cada uma destas vítimas", disse Bryan Baquero, cuja irmã Angie foi morta nas manifestações.

Lopez reiterou seu apelo para que a polícia seja transformada em uma organização civil em vez de militar. A polícia na Colômbia está sob a jurisdição do Ministério da Defesa.

A força de segurança disse que Ordoñez foi encontrado bebendo álcool na rua com amigos, violando as regras de distanciamento social impostas para conter o coronavírus. Dois policiais implicados na morte do advogado foram demitidos e enfrentam acusações de abuso de autoridade e homicídio.

Outros cinco policiais ligados à morte foram suspensos.

O ministro da Defesa, Carlos Holmes Trujillo, pediu perdão pela brutalidade policial, enquanto o presidente Iván Duque disse que nenhum abuso por parte das forças de segurança será tolerado.

Centenas de civis ficaram feridos durante os confrontos entre manifestantes e policiais, com dezenas de atingidos por tiros em Bogotá. Cerca de 200 policiais também ficaram feridos, enquanto ao menos 60 delegacias de polícia foram vandalizadas, assim como dezenas de veículos do transporte público.

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